Que país queremos ter?

O nosso país é de fato maravilhoso e abençoado por Deus: enorme, cheio de belezas naturais, repleto de petróleo, água, matas, terras, rios e minérios. Graças a Deus não temos invernos rigorosos e nem calor insuportável. Podemos plantar e colher 365 dias por ano e não temos terremotos e maremotos.

É de fato um país abençoado por Deus, não conheço outro melhor. Além de tudo temos um bom povo, religioso, devoto de Nossa Senhora Aparecida, e na sua maioria (74%) católico. Não temos racismo e nem brigas de etnias. Mas o que falta para este país vencer as suas mazelas, tais como crime organizado, pobreza, analfabetismo, desemprego, falta de distribuição de renda, etc.?

Faltam governantes sérios que não permitam a corrupção, que não gastem mais do que o pais arrecada, não imponham impostos sufocantes como os que pagamos (trabalhamos quatro meses ao ano para pagar impostos!). Há quase dois anos vivemos sufocados por uma corrupção endêmica que envolve o governo executivo e legislativo e que trava o país; vários ministros caíram e muitos deputados e senadores estão envolvidos com o “mensalão”, com o “sanguessuga”, com o “banestado” e outras corrupções.

Ao lado disso cresce perigosamente o crime organizado. O país não consegue crescer mais do que 2,3% ao ano, enquanto o Chile cresce 7%, a Argentina 9%, a Índia 9%, a China 10%. Isto ocorre porque o país não tem investimentos que gerem empregos e produção, deixando os jovens sem alternativa de trabalho, migrando muitos para o mundo do crime.

Além disso, muitas crianças e jovens ainda estão fora da escola e nosso ensino é da pior qualidade em comparação com os outros países da América do Sul. Nenhum país pode se desenvolver sem uma boa educação, estamos na era da informática. O nosso dinheiro é mal usado. Como mudar tudo isto? Pelo voto.

Cada brasileiro, especialmente cada católico, precisa votar com muita seriedade, sem vender o seu voto, e deve ensinar isto às outras pessoas. Temos de fazer uma cruzada por uma eleição séria, que afaste pelo voto, todos os corruptos e incompetentes. É tudo o que precisamos para que este gigante “deitado em berço esplendido”, enfim se levante e dê uma vida melhor a seus filhos.

Não se deixe enganar com promessas vazias. O povo não quer esmola, quer trabalho digno, não quer palavras, quer fatos. Diz o ditado que “a escada precisa ser varrida a partir do primeiro degrau de cima” até em baixo. O seu voto é esta preciosa vassoura da limpeza, da ética, da moral.

Portanto, se informe antes de votar, leia, estude, veja os debates, não abra mão de um voto consciente, a sua própria identidade está em jogo. Para nós católicos é questão de moral votar bem. Não dê seu voto também a quem apóia teses imorais como aborto, eutanásia, manipulações de embriões, casamentos de homossexuais, etc.

Defendo a opinião que católico vota em candidatos católicos que defendem a fé católica no Parlamento, no entanto, veja primeiro quem são eles, para votar em candidatos católicos comprometidos com a fé católica.


Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br e Twitter: @pfelipeaquino