O vídeo de hoje alerta sobre vários aspectos do desenvolvimento da identidade das crianças, pois nossos pequeninos têm demonstrado problemas de saúde mental bem preocupantes. Segundo Luís Rojas Marcos, médico psiquiatra, houve um aumento de 200% na taxa de suicídio observado em crianças de 10 a 14 anos. São dados que me deixam extremamente impactada, pois nossos avós diziam que a infância era “a melhor fase da vida”. Entretanto, a nossa realidade é um pouco diferente, nossas crianças estão profundamente tristes a ponto de pensarem em tirar suas próprias vidas.
Será que estou atento aos indícios de que algo na saúde mental do meu filho não está bem? Será que estou criando um vínculo de confiança com meu filho? Será que ele se sente protegido?
Para quem seu filho corre quando está com problemas?
Um estudo com 14.000 crianças dos Estados Unidos pela Early Childhood Longitudinal Study mostrou que 40% delas não têm fortes vínculos emocionais, ou seja, essas crianças evitarão seus pais quando estiverem chateados, porque seus pais estão ignorando as suas necessidades ou lhe causam sofrimento.
Além disso, esses 40% que não têm um apego seguro, terão a linguagem e o comportamento mais pobres e serão mais propensas a abandonar a escola, o emprego e a formação. Pelo contrário, crianças que têm vínculos fortes com seus pais aprendem a gerir melhor seus próprios sentimentos e comportamentos, são mais propensas, na sua identidade, a ser resiliente à pobreza, à instabilidade familiar, ao estresse parental e à depressão. Além disso, essas crianças têm duas vezes e meia menos chances de apresentar problemas de comportamento na escola, segundo a pesquisa.
Precisamos de pais corajosos e disponíveis
Precisamos salvar nossas crianças, precisamos ser o porto seguro delas. É preciso olhá-las e entender suas necessidades particulares. Temos que dar a chance de nossas crianças serem acolhidas, compreendidas, auxiliadas e estimuladas, e para isso precisamos de pais corajosos, e mais do que corajosos: disponíveis.
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