Santa Teresa de Calcutá nasceu, em 26 de agosto de 1910, em Skopje. Filha de Nikola e Drana Bojaxhiu, ela foi batizada, em 27 de agosto de 1910, com o nome de Agnes Gonxha Bojaxhiu. Em 1950, Teresa fundou a Congregação das Missionárias da Caridade, com um testemunho de alegria na caridade, excelsa amizade com Deus, preocupação com a dignidade de cada pessoa humana no amor.
“Sangue, eu sou albanesa. Cidadania, na Índia. Em relação à fé, sou uma freira católica. No que diz respeito ao meu coração, pertenço inteiramente ao Coração de Jesus”, disse Teresa de Calcutá. Assim, humilde e obediente ao Senhor, conhecida mundialmente por sua pertença a Deus e serviço aos mais necessitados, a “santa dos pobres” marcou a história da humanidade com a mensagem do verdadeiro amor que provém de Deus.
No Solene Rito de Beatificação de Madre Teresa, em 19 de outubro de 2003, Dia Missionário Mundial, o Papa João Paulo II, em sua homilia, disse: “Contemplação e ação, evangelização e promoção humana: Madre Teresa proclama o Evangelho com a sua vida inteiramente doada aos pobres, mas, ao mesmo tempo, envolvida pela oração”.
O que diz Papa João Paulo II sobre os atributos de Santa Teresa de Calcutá?
Nessa perspectiva, Santa Teresa de Calcutá, no caminho do amor e serviço, trilhou junto à realidade do Cristo crucificado, o seguimento do Evangelho, que se deu por meio das palavras do próprio Jesus: “aquele que quiser ser o primeiro dentre vós, seja o servo de todos” (Mc 10,44), e “aquele que dentre vós quiser ser grande, seja o vosso servidor” (Mc 10,43). Pois, serva de todos, ela não buscou ser servida.
Papa João Paulo II, sobre Madre Teresa, diz que a “sua vida é um testemunho da dignidade e do privilégio do serviço humilde. Ela escolheu ser não apenas a menor entre os pequenos, mas a serva dos pequeninos. (…) Sua vida foi uma vivência radical e uma proclamação audaciosa do Evangelho”. Com isso, a mãe dos pobres é “ícone do Bom Samaritano, porque ela ia a toda parte para servir Cristo nos mais pobres entre os pobres”.
Dessa forma, infatigável benfeitora e humilde mensageira do Evangelho, Madre Teresa procura dar uma resposta ao brado de Jesus na cruz: “Tenho sede” (Jo 19,28). Satisfazer a sede que Jesus tem de amor e de almas, isso, com seu jeito de ser mansa e humilde de coração; uma serva da alegria para com todos.
E o que diz Papa Francisco sobre as qualidades de Santa Teresa de Calcutá?
Na Santa Missa de Canonização da Beata Madre Teresa de Calcutá, no Jubileu dos operadores e dos voluntários da misericórdia, em 4 de setembro de 2016, Papa Francisco, em sua homilia, disse: “Madre Teresa, ao longo de toda a sua existência, foi uma dispensadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, por meio do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados. Comprometeu-se na defesa da vida”.
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Assim, Santa Teresa, com uma vida pautada na simplicidade e pobreza, não foi uma mulher acuada e omissa perante a realidade ao seu redor, mas sim, uma defensora das causas dos mais desfavorecidos, porque teve a coragem de caminhar em direção àqueles que muitos se desviavam.
Santa, tenra e fecunda, Madre Teresa nos ajuda a entender “que o nosso único critério de ação é o amor gratuito, livre de qualquer ideologia e de qualquer vínculo, e que é derramado sobre todos sem distinção de língua, cultura, raça ou religião”, afirmou o Papa Francisco.
A santa da paz e dos pobres
Papa Francisco, na mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2017, destacou o Prêmio Nobel da Paz, de 1979, recebido por Madre Teresa. O Papa cita a declaração de Santa Teresa sobre sua ideia de não violência ativa, onde ela diz: “Na nossa família, (…) não precisamos destruir para edificar a paz, mas apenas estarmos juntos e nos amarmos uns aos outros (…). E poderemos superar todo o mal que há no mundo”.
O Pontífice ainda aponta sua “disponibilidade para com todos por meio do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e dos abandonados e descartados”, pois Santa Teresa foi às pessoas indefesas, doentes e abandonadas, e procurou dar a elas a dignidade de filhos e filhas de Deus. Santa Teresa de Calcutá, mãe dos pobres e símbolo de compaixão, foi testemunha autêntica do amor sedento de Deus. Ela respondeu ao chamado de Jesus sendo luz no mundo, com fé, esperança e caridade extraordinárias.