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Só competência não basta para segurar o emprego

Como definir um profissional de sucesso? Pelo cargo que possui ou pelo salário e currículo recheado de qualificações? Com a educação mais acessível e a chance de buscar novos conhecimentos, o que difere o indivíduo no ambiente de trabalho é a capacidade de relacionar-se. Foi-se o tempo em que competência era fator crucial para se manter bem empregado. A habilidade de conviver com opiniões divergentes pode ser um motivo para se destacar no mundo corporativo.

Dominar de dois a três idiomas, ser comunicativo, ter no currículo variados cursos de pós-graduação, MBA, ajuda a conseguir uma vaga em determinadas empresas. A contratação nem sempre é a parte mais difícil, mas conservar-se empregado pode ser o elemento de maior complexidade do processo. O caráter, as relações interpessoais com clientes, chefes e subordinados são levados em conta e podem destruir os sonhos, se esses não forem conduzidos com atenção.

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Foto Ilustrativa: Vasyl Dolmatov by Getty Images

Foi-se o tempo em que competência era fator crucial para se manter bem empregado

Nos últimos meses, deparei-me com três situações que me chamaram à atenção. Pessoas próximas a mim, na faixa de 30 a 40 anos, com uma formação completa e experiências internacionais, foram dispensadas das empresas nas quais trabalhavam por não saber conviver de maneira harmoniosa com o grupo. Essas três situações são de áreas opostas, um do ramo da indústria química, outro de finanças, e o último da comunicação; porém, todos com o mesmo problema: dificuldade de lidar com o outro. Independente da profissão que escolhe-se, a pressão e a falta de afinidade são comuns nas organizações; caberá aos colaboradores gerir esses obstáculos para não colocar uma brilhante carreira a se perder.

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Cuidado com a intolerância, insubordinação e os ciúmes no seu emprego

A intolerância, a insubordinação, os ciúmes, a ganância são geradores de conflitos que nascem em pequenas situações e tornam-se grandes empecilhos para a produtividade. Trata-se de um incômodo que paralisa e impede a concentração nas tarefas diárias, isso segundo os depoimentos que ouvi. Na maioria das vezes, espera-se do outro a reação que nós teríamos; nessa expectativa, nasce a frustração. Esquecemos que somos diferentes, que as referências de cada um foram formadas em processos distantes, contribuindo para o que nos tornamos hoje. Um erro corriqueiro é deduzir, achar, em vez de questionar, e saber realmente o que de fato está provocando todo o desgaste. Não deixe que as dúvidas e o silêncio consumam as suas forças, que poderiam ser usadas para um crescimento intelectual. Dê o primeiro passo e tente resolver a desordem que esteja causando indisposições.

Não existe uma fórmula correta para vencer essas tribulações. Cada situação exige de nós uma reação diversa e atitudes, muitas vezes, impensadas. Precisamos reagir como cristãos, tendo a obrigação de buscar a verdade e sermos honestos conosco, reconhecendo pontos falhos e tentando dar o nosso melhor na adversidade. Não abrindo espaço para fofocas, mau humor e desentendimentos. A humildade pode ser a chave de um sucesso constante.

 

 

 

 


Dijanira Silva

Missionária da Comunidade Canção Nova, desde 1997, Djanira reside na missão de São Paulo, onde atua nos meios de comunicação. Diariamente, apresenta programas na Rádio América CN. Às sextas-feiras, está à frente do programa “Florescer”, que apresenta às 18h30 na TV Canção Nova. É colunista desde 2000 do portal cancaonova.com. Também é autora do livro “Por onde andam seus sonhos? Descubra e volte a sonhar” pela Editora Canção Nova.