De maneira especial, a Igreja – durante o mês de agosto – põe em evidência e atenção a temática sobre vocação. E mesmo estando no século XXI, muitos de nós possuímos um pensamento restrito e até mesmo irreal quanto ao termo “vocação” e à sua complexidade, como se fosse apenas a resposta de alguém para ser padre ou freira.
Que não nos enganemos a este respeito, e muito menos desvalorizemos esta realidade em nossas vidas. Deus nos chama a todo momento.
Vocação é um chamado, apelo de Deus. Sendo o primeiro chamado à vida. Mas depois o Senhor nos continua chamando a sermos santos (escolhidos, separados do pecado), filhos amados, felizes… Dia a dia Ele nos envolve. Basta olhar para sua história, todas as suas situações.
Nascemos para corresponder ao chamado que Deus nos fez
O casal da Comunidade Canção Nova, Diácono Nelsinho e Márcia Corrêa, testemunha que em sua vocação matrimonial é responsabilidade encaminhar seus três filhos para Deus, educando-os e amando-os nos mínimos gestos, até mesmo pedindo perdão quando falharem nalguma correção. Santa Teresinha dizia ser sua vocação o amor. São João Maria Vianney fazia de sua vocação presbiteral uma promoção admirável à vida cristã, através de uma pregação eficaz com a mortificação, oração, caridade e o Sacramento da Penitência, pelo qual acorriam fiéis de todas as partes para receber seus santos conselhos.
Somente depois de imprimir de Sua essência consoladora e salvífica é que o Senhor chega até nós num apelo específico. Vocação a um ministério específico: seja ele o Sacramento do Matrimônio, Ordem, vida religiosa, celibatária.
Passamos a viver então momentos de angústia, indecisão, medos, incertezas… Mas a certeza que precisamos ter é que “o Senhor não revoga seu chamado”. Ele não volta atrás pois seus desígnios são sumamente perfeitos.
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Deus lhe chama para uma missão, para amar, para você se expressar como filho de Deus para com seus pais. E em todas essas vocações Ele nos alimenta com Sua presença santificante. Tal como Se fez presente a Abraão: “Eu sou o Deus Poderoso. Anda na minha presença e sê íntegro…” (cf. Gn 17, 1). A Jeremias em sua juventude. (cf. Jr 1,4ss). Assim também, na sua vida, Ele lhe sustenta, faz-se suporte para sua vida e vocação. Queira apenas se deixar conduzir.
Enfim, nascemos para corresponder ao chamado que Deus nos fez à vida, e vivê-la em abundância, como nos promete o próprio Verbo encarnado no meio de nós. E para correspondermos a essa vontade de Deus – numa vida plena – precisamos amar e ser amados, remetendo-nos a uma vida feliz de vocacionados realizados no projeto de Deus.
Acerte na sua vocação! Aposte seu empenho na Santíssima Trindade, na terceira Pessoa: o Espírito Santo!