O termo “vocação” vem da língua latina e se traduz por “chamado”. Esse termo é usado em diversos sentidos, porque seu significado se abre como as muitas e diferentes palhetas de um belo leque. Em sentido amplo, pode-se falar em vocação para o matrimônio, para a paternidade ou maternidade. Essas são vocações implícitas na própria natureza criada. Pelo fato de alguém ser criado homem, em sua natureza está embutido o chamado ao matrimônio e à paternidade. Da mesma forma, aquela que é gerada mulher traz em si a vocação ao matrimônio e à maternidade.
É preciso afirmar, de imediato, que aqueles que são chamados ao sacerdócio e à vida consagrada, quer masculina quer feminina, trazem sim, em sua natureza, essa vocação ao matrimônio, à paternidade e à maternidade. Se esses todos assumem o celibato, não é por falta da vocação ao matrimônio, mas sim por uma “opção positiva” diante do chamado de Jesus para uma vida celibatária. Esses todos podem afirmar: “Eu aceitei o convite de Jesus e optei, escolhi livre, voluntária e positivamente, viver esse tipo de vida para o qual Ele me chamou!”.
Matrimônio, um chamado de Deus
Na verdade, a família é tão importante para o ser humano que o matrimônio, a paternidade e a maternidade deveriam ser sempre assumidos “como uma vocação personalizada” do Pai celeste. O conhecimento da responsabilidade, da importância e da grandeza de formar um lar deveria ser tão profundo que induzisse os jovens a se prepararem para o matrimônio com todo cuidado, esmero e honestidade. Aliás, deveria ser, exatamente, com a mesma seriedade como um jovem se prepara para o sacerdócio ou uma jovem se prepara para a vida consagrada.
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Para os jovens poderem se preparar muito bem para o casamento, eles precisam possuir um conhecimento claro e profundo do “projeto divino da procriação humana”. Esse conhecimento lhes mostrará o verdadeiro significado do “masculino e do feminino”, da “genitalidade” masculina e feminina, do sentido da “mútua atração” entre o homem e a mulher, do significado do namoro, do noivado e do casamento, bem como da importância de formar um lar que seja “ninho de amor” para a realização e felicidade do casal e dos filhos.
Padre Alir Sanagiotto, SCJ