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O namoro acabou. Como encarar essa realidade?

O namoro acabou! É hora de transferir o líquido para um odre novo

O namoro acabou, e com ele se foram sonhos, planos e certezas. Parece que a melhor coisa que havia na sua vida foi perdida: a pessoa com quem você namorou ou o próprio namoro.

Você já pensou nisso? Do que você sente mais falta: da pessoa com quem você se relacionou ou da relação? O que você acha de si mesmo hoje? Aquela pessoa que partiu, o que ela representava para você? Aquela pessoa pode ter sido alguém que lhe mostrou o seu valor (e você passa a achar que só vale alguma coisa aos olhos dela). Quanta coisa você aprendeu com aquela pessoa? Quanto você sofreu com essa relação, acreditando, buscando, dedicando-se? Quanta coisa boa você descobriu em si mesmo, e que nem mesmo se dava conta? São tantas as coisas, que precisamos avaliar ao fim de um namoro.

O namoro acabou. Como encarar essa realidade?

Foto ilustrativas: by Getty Images/BlackSalmon

A solidão é importante para curar o coração 

O namoro acabou. Você já tentou de tudo, mas o vaso quebrou. Alguns ficam ainda tentando remendar… Não dá! É então necessário um tempo. Mas quem aceita? Busca-se desesperadamente alguma coisa que ocupe o lugar daquele relacionamento que terminou. Alguns caem na bebedeira, outros ficam desesperados por uma festa, e a maioria sai desesperado em busca de novos relacionamentos. E aí está um problema: como se pode pensar em começar algo novo, se não foi assimilado aquilo que foi vivido?

O grande sinal de que é necessário um tempo de solidão é exatamente a dificuldade que há em encarar o vazio deixado. Esse tempo de solidão é necessário para avaliar aquilo que foi fecundado durante aquele relacionamento anterior, ele é necessário também, pois, com certeza, quando saímos de um relacionamento assim, saímos muito machucados.

É necessário um tempo para que as feridas cicatrizem. Quantas pessoas, a fim de “sair da fossa”, acabam se agarrando à primeira ilusão que surge? E quantos sofrem por isso! Quantos estragam a nova relação, comparando-a com a anterior (e isso só aumenta a saudade do que se foi) ou levando para a nova relação todos os vícios que foram adquiridos?

Como Deus pode ajudá-lo diante disso?

É preciso encarar que o namoro acabou. O vaso quebrou. É hora de transferir o líquido para um odre novo. Só Deus pode fazer um odre novo, e é Ele também quem resgata você, que impede que o líquido (seus sonhos, esperanças, planos) escoe e se perca. E nesse odre novo é que você vai se derramar.

Mas assim que a água é despejada, o que você vê? Turbulência. É essa turbulência que você experimenta naquele primeiro momento. Mas se você espera um pouco, deixando aquela água aquietar-se, o que acontece quando você for olhá-la novamente? Você pode contemplar o seu reflexo! E somente quando esperamos nossas inquietações acalmarem, temos condições de realmente entender o que foi trocado naquela relação, o que foi fecundado, o que foi doado. E se ficar sem aquela pessoa dói tanto, pare para pensar: o que você não consegue fazer sozinho? Qual o pensamento mais frequente, agora que está sozinho outra vez? O que você vale?

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É preciso confiar que Deus tem o melhor para você

Veja bem: Deus disse que “não é bom que o homem fique só “(cf. Gn 2,18), mas a pior solidão talvez seja aquela que se experimenta nas relações em que falta o amor. O amor a Deus sobre todas as coisas, o amor a si mesmo e o amor um ao outro. Muitas pessoas se engajam nesses namoros para disfarçar suas dificuldades sociais, familiares ou afetivas. É hora de deixar o amor de Deus falar mais alto e confiar na Palavra d’Ele, que criou, para o homem, “uma ajuda que lhe seja adequada” (cf. Gn 2,18).

Você, homem ou mulher, que hoje vive a espera, confie na ação de Deus na sua vida, acredite que há uma pessoa adequada para você. Basta viver de acordo com aquilo em que acredita e não em função das feridas acumuladas. Hoje, já é tempo de você honrar, respeitar e dignificar a esposa, o esposo, os filhos que Deus tem para você. Confiar em Deus é viver essa esperança a cada dia.

Sugestão de leitura: “Homens e mulheres restaurados”, escrito por Padre Léo

Cláudia May Philippi – Psicóloga Clínica – CRP 2357/1
Kleuton Izidio Brandão e Silva – Psicólogo Clínico – CRP 6089/1

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