A amizade não se resume na limitada dinâmica dos verbos dizer e ouvir, pois amigo não é só aquele que ouve o que você diz ou aquele que fala para você ouvir. A amizade reside no verbo estar, pois amigo é aquele que está:
Está nos momentos difíceis para dividir o peso da dor;
Está nos momentos conflituosos para tentar nos entender mesmo quando não queremos dizer;
Está nos momentos alegres para multiplicar a alegria;
Está numa procura que não quer dominar, mas partilhar;
Está na disposição de perdoar e recomeçar diante de minhas limitações;
Está na gratidão que reconhece a importância da amizade recíproca.
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Enfim, se considerarmos o conceito de eternidade como “presente que não passa”, o amigo é aquele que nos proporciona uma fração da eternidade porque a amizade é como que uma presença ou experiência perpetuada no meu interior.
Isso porque o amigo é aquele que está mesmo não estando: mesmo nos quilômetros da distância, na angústia do silêncio, no medo da incompreensão, nas voltas da vida, e na saudade do que se foi o amigo se faz presente porque se tornou um pouco de mim ao estar dentro.
Portanto, a amizade é um ministério de presença que se realiza na conjugação precisa da 3ª pessoa do singular do verbo estar. O Amigo é aquele que está…
Do amigo Wilker Henrique.
