O Concílio Vaticano II convidou todos os leigos a acolher com alegria a missão de unirem-se ao Senhor e participarem, como instrumentos vivos, da missão de salvação da Igreja, sobretudo onde os operários são mais necessários, que é junto aos carentes e marginalizados. A Legião de Maria, um movimento leigo que se dedica aos doentes, aos idoso, aos jovens carentes entre outros necessitados é exemplo de união daqueles que atenderam ao chamado da Igreja.
A Legião de Maria é uma associação internacional de católicos leigos que visa colaborar na missão evangelizadora da Igreja. Seu fundador foi Frank Duff, leigo que ascendeu no catolicismo com vigor e devoção. Em 1917, Nossa Senhora aparecia em Fátima e ocorria a Primeira Guerra Mundial. Nesse período, Frank Duff, com 28 anos de idade, conheceu o livro Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, de São Luís Maria de Montfort, no qual descobriu o valor e a autenticidade da devoção a Maria, fato que teve ligação direta com o nascimento da Legião de Maria. O próprio fundador trabalhou muito para realizar obras na Irlanda e na Escócia, e contou com a ajuda e o incentivo do Papa Pio XI para que a Legião começasse a ganhar associados pelo mundo inteiro. No Brasil, a Legião de Maria teve início no Rio de Janeiro no ano de 1951.
Como acontece o movimento da Legião de Maria?
Os membros da Legião de Maria são divididos em duas categorias principais: os auxiliares, que se comprometem a rezar diariamente em nome da Legião de Maria; e os membros ativos, que participam das reuniões semanais, rezam diariamente o Magnificat (Lc 1, 46-56) e executam um trabalho legionário. Os membros praticam o apostolado direto através do contato pessoal, especialmente junto das pessoas mais afastadas da Igreja.
O Papa João Paulo II, ao falar com os legionários, disse-lhes que “a vossa é uma espiritualidade eminentemente mariana, não só porque a legião se orgulha de levar como bandeira desfraldada o nome de Maria, mas sobretudo porque baseia o seu método de espiritualidade e de apostolado sobre o dinâmico princípio de união com Maria, sobre a verdade da participação íntima da Virgem Mãe no plano de salvação. Por outras palavras, vós entendeis prestar o vosso serviço a cada homem, que é imagem de Cristo, com o espírito e a solicitude de Maria”.
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São Josemaría Escriva nos orienta que “o amor a Senhora é prova de bom espírito nas obras e nas pessoas singulares”. Dessa forma, a Legião de Maria, um movimento de espiritualidade eminentemente mariana, representa verdadeira devoção e prática cristãs.
Que a bênção do Nosso Senhor Jesus e a proteção da Virgem Santíssima sempre acompanhem os legionários em seus virtuosos trabalhos pelo mundo inteiro. Que assim seja!
Referências:
BÍBLIA SAGRADA. Tradução da CNBB, 18 ed. Editora Canção Nova.
CAÇÃO, Manuel Pereira. A Legião de Maria em Portugal (1949-2013). Lisboa, 2014.
JOÃO PAULO II. Discurso aos peregrinos da Legião de Maria. Vaticano, 30 out. 1982.
Legio Mariae. A Legião de Maria. Régia Aparecida de Brasília/DF.