A Sexta-feira Santa é o único dia do ano no qual não se celebra a Santa Missa. A liturgia deve ser entre às 12h e às 20h, indica-se que se faça às 15h. A adoração na capela deve encerrar-se no período da manhã. Depois do rito litúrgico, todas as capelas são fechadas, os sacrários sempre vazios e abertos e a luz do sacrário apagada etc.
Neste dia, recorda-se a Paixão do Senhor, por isso, o ato central é a comunhão, sem consagração, e a Adoração da Santa Cruz. Dessa maneira, a norma da Igreja pede que façamos não somente penitência como nas outras sextas-feiras do ano, mas também jejum. Além disso, deve prezar por momentos de oração e piedade como a “Via-Sacra”, meditações bíblicas, liturgia das horas, Ofício das Trevas etc.
A adoração da Cruz
O rito de adoração da cruz, sendo relatado desde o séc. IV. Até mesmo o canto tradicional, “Deus santo, Deus forte, Deus imortal” já era recitado no séc. V em Jerusalém. Antigamente, só os sacerdotes recebiam a santa comunhão, esse ato estendeu-se a todos a partir da reforma litúrgica de 1955. As leituras têm o foco na Paixão do Senhor de São João. A cor litúrgica é o vermelho.
Tudo inicia-se em silêncio, a procissão entra sem velas ou cruzes, não há cantos. O sacerdote sobe ao altar e se prostra, enquanto os fiéis se ajoelham. Depois, ele vai em direção ao altar nu e faz reverência, sem beijá-lo como de costume. Não há o “em nome do Pai” nem mesmo saudações iniciais, a primeira fala é o “Oremos”.
A oração universal
Após a leitura da Paixão e da homilia, temos a “Oração Universal” ou “preces” especiais, elas apresentam dez petições por diversas causas como Igreja, Papa, unidade, judeus, pecadores, descrentes etc. Essas petições têm breve introdução do padre, seguida de convite de ajoelhar-se e levantar-se, finalizada pela oração do padre.
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A Sexta-feira Santa: dia sem missa
Em seguida, os ministros compõem o altar de modo simples para a sequência da comunhão Eucarística. As ambulas consagradas na Quinta-feira Santa são trazidas e são distribuídas as partículas ao povo. O “Pai-Nosso” dá início à liturgia da comunhão. Após a purificação dos objetos litúrgicos, o altar é desnudado novamente e a santa celebração encerrada com o “Oremos”, sem a bênção final nem envio, simplesmente o silêncio. A Sexta-feira Santa é o único dia do ano sem missa. O Tríduo encerra-se na missa do Sábado Santo.
Que Deus, nosso Pai, nos inspire a pôr em prática esses ensinamentos!