O tempo do Natal é marcado por tradições, costumes e símbolos que nos levam à renovação da esperança. Dentre os costumes de ornamentar a casa, preparar a mesa, promover o encontro da família para jantar, chamo a atenção para algo simples e profundo: a luz. O tempo do Natal é iluminado, seja pelos adereços, piscas-piscas, lâmpadas, seja por um sentido muito mais profundo e próximo de nós. A luz marca o Natal. Chegando ao fim do ano, encontramos uma luz.
Foto ilustrativa: PaoloGaetano by Getty Images
Em uma noite, brilhou uma luz mais forte que a do sol. Cristo é a luz que nos ilumina. Sobre as trevas do mundo prevalece a luz de Deus, que “a todo o homem ilumina” (Jo 1,9). Não se trata de uma luz que ofusca a nossa visão, pelo contrário, é a luz que abre os nossos olhos para nós mesmos e para o Senhor, dando-nos a paz.
Portador da paz
Neste tempo, dentre os diversos pedidos que fazemos ao Senhor – saúde, força, esperança e até dinheiro –, peçamos também a paz. O menino Jesus vem ao mundo trazendo, sobretudo, a paz. Cumpre-se a antiga profecia de Isaías: “Um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado (…) e o seu nome é: (…) Príncipe da paz” (cf. Is 9,5). A Sagrada Escritura revela que a sua paz, o seu reino, “não terá fim” (Is 9,6).
Os tempos são de guerras, de perturbações e medo. Medo de sair de casa, medo do futuro, medo de não sermos felizes. Contudo, o menino Jesus quer nos ofertar a paz. Assim como Ele fez com os discípulos que estavam reunidos cheios de medo, o Senhor quer nos dizer: “A paz esteja convosco!” (Lc 2,36). O Natal é tempo de acolhermos a paz e o seu Portador.
A luz mais forte que a do sol
Em uma noite escura, fria e marcada pela falta de hospitalidade à Sagrada Família, brilhou uma luz, uma luz mais forte que a do sol. Bem como os Reis magos, podemos estar procurando sinais para nos guiar pelo caminho correto. Eles buscavam a estrela para encontrar a Cristo, entretanto, não era a luz da estrela que apontava para Cristo, mas sim a luz de Cristo que iluminava a estrela. Não era a estrela que determinava o destino do Menino, mas o Menino que guiava a estrela.
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A luz tradicional do Natal é um símbolo que precisa nos lembrar que a verdadeira luz procurada por todos e cada um de nós é a luz de Cristo. Mesmo que o nosso ano tenha sido marcado por momentos de escuridão, o Senhor se revela como a Luz do mundo. “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não caminha nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12).
Pode ser que o período do Natal lhe traga lembranças dolorosas de perdas de familiares, tempo difícil de desemprego ou distância daqueles que você ama. Mas não desista. Jesus se fez carne por nós e habita entre nós! Diante da perda e da morte, Ele está entre nós. Mesmo em meio à dor e às dificuldades, Ele está entre nós. Quando não temos nada e a insegurança nos ronda, Ele está entre nós!
Tudo se faz novo
Com a chegada de Jesus, um novo tempo se inicia. Da mesma forma que o nascimento de Jesus mudou a história da humanidade, deixe que a chegada de Jesus ao seu coração também mude a sua vida. Jesus quer inaugurar um novo tempo. Enquanto muitos negam, dizendo que não há espaço para o Senhor como fizeram naquela noite em Belém, Ele quer se fazer carne em seu coração. Onde o Senhor chega, tudo se faz novo!
Não são os sinais, os quais pedimos, que devem nos guiar, mas sim o Senhor que se revela através dos sinais. Os Magos, por fim, prostraram-se diante da verdadeira luz e portador da paz. O Natal é tempo de alegria, a alegria do encontro que traz a paz. Não há luz que possamos comparar com a de Cristo, não há paz que possa ser comparada com a do Senhor. Acolhamo-Lo, abramos o coração a Ele, o Salvador! O Príncipe da paz!
Seu irmão,
Thiago Teodoro / @thiagoteodorocn
Comunidade Canção Nova
