Acordar mais tarde, vestir roupas melhores, ir à missa, almoço especial, famílias reunidas, visita a parentes e amigos, centros das cidades bem menos movimentados… Muitos podem se perguntar: “Por que o domingo é um dia diferente da semana? Por que é um dia santo?”
Por morar no Oriente Médio e conviver diretamente com povos de outras grandes religiões monoteístas (que têm um só Deus), chamou-me muito a atenção o valor que se dá para o “dia sagrado”.
Sexta-feira, para muitos no Ocidente, é o dia da cerveja, mas religiosamente é dia sagrado no Islamismo. Feiras fechadas nos bairros muçulmanos. Meninos, rapazes e senhores se dirigem à mesquita, quando se aproxima o meio-dia: hora de adorar a Deus, o qual eles chamam de Alá, e proclamar Maomé como seu único profeta. Os muçulmanos acreditam que o dia do julgamento final será numa sexta-feira, o que faz com que este dia seja sagrado para eles.
E o sábado é dia sagrado para o Judaísmo (cf. Exo 20, 8). Famílias caminham juntas para as Sinagogas em Israel. Dia de repouso na monótona rotina do labor cotidiano. Recorda-se que a necessidade de se ganhar a vida não nos deve tornar cegos diante da necessidade de viver. Dia de prestar culto ao único Deus, ler a Torah (os cinco primeiros livros da Bíblia) e reavivar a expectativa da vinda do Messias.
E o domingo é o dia dos cristãos. Mas por que este é um dia santo para nós?
Posso, com certa freqüência, visitar o túmulo de Jesus, conhecido como Santo Sepulcro e constatar que realmente ele está vazio. Deus, que se fez Homem e se entregou na cruz para remir a humanidade, morreu, mas ressuscitou! Para nós, cristãos, o Único que venceu tudo, até a morte, é Jesus. Ele ressuscitou em um domingo, o que santificou este dia.
Todos os momentos de alegria que vivemos nos domingos têm um sentido: celebrar a ressurreição de Jesus.
Viva bem o seu domingo, dando valor ao que realmente merece!
Bom dia da ressurreição.
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