Um dia na casa de São José

José era um homem simples e tinha Deus como o centro de sua vida

É impressionante como um homem simples, trabalhador e dotado de uma profunda humildade se tornou o maior Santo depois da Santíssima Virgem, José, o esposo de Maria. De tão humilde permanece escondido em sua história. Contudo, pela sua fidelidade é exaltado pelos milagres que por sua intercessão obtemos.

José

Tive a graça de estar na casa da Sagrada Família durante todo um dia. Ali pude experimentar a graça que aquele ambiente nos ensina sobre como eles viveram. Nesse ambiente simples viveu Jesus, durante trinta anos, antes de iniciar seu ministério.

O que temos hoje é uma gruta. Naquele tempo as casas eram construídas com uma pequena repartição onde se colocava os animais e se depositava os mantimentos. Ali trabalhavam e no período de intenso calor também dormiam.

Naquele tempo os homens da Galileia trabalhavam nos campos e cuidavam de animais. Era próprio de cada família ter uma pequena propriedade para o seu sustento. Na casa de José encontramos vários celeiros, coisa não comum nas demais casas de sua vizinhança. Isso nos mostra que ele além de carpinteiro, pedreiro, artesão e era um homem que também trabalhava nos serviços do campo.

Fiz uma experiência única: o silêncio do ambiente parece que grita aos ouvidos. Não estamos acostumados com ambientes assim, mas naquele tempo era diferente, não havia TV, rádio, internet, luz elétrica, nem mesmo locais de divertimento como em muitas de nossas cidades. Isso me levou a chegar a uma conclusão: naquela casa só havia espaço para o amor entre Jesus, Maria e José.

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O que essa casa pode nos ensinar? A vida de José podemos entender assim: era um homem que vivia unicamente para cuidar e proteger sua esposa; educar, cuidar e contemplar o Filho de Deus que lhe chamava de pai. Era portanto, um lar onde reinava o amor e a oração, onde Jesus era o centro.

Portanto, Nazaré nos ensina, em seu silêncio, os traços principais de José, um homem que vivia uma vida simples, porém, seus pensamentos, sentimentos e atitudes eram centrados em Deus. Por Ele vivia e para Ele orientava todos os minutos de sua existência. Não sabemos quando, nem como morreu. O que sabemos é que ninguém foi e é feliz como Ele, pois por sua fidelidade é exaltado como patrono da Igreja, mas sobretudo é acolhido na Glória por aquele em cujos braços carregou.

São José, valei-nos!

Leandro César