Tradição Cristã

A Ascensão de Jesus Cristo: entronização à direita de Deus

A Ascensão de Jesus Cristo é um evento que marca a partida física de Jesus Cristo da Terra. Após a ressurreição, Jesus apareceu aos Seus discípulos várias vezes durante um período de quarenta dias, ensinando-os e preparando-os para a missão que teriam pela frente.

No quadragésimo dia, Jesus levou Seus discípulos para o Monte das Oliveiras. Abençoou-os e, em seguida, subiu ao céu diante de seus olhos. A Ascensão de Jesus é celebrada como um evento importante na tradição cristã. É considerada como a conclusão do ministério terreno de Jesus Cristo e a Sua entronização à direita de Deus Pai.

Dogmas da fé

A Ascensão é celebrada, geralmente, ocorrendo 40 dias após o domingo de Páscoa, um dos dogmas da fé cristã. Dogmas são verdades de fé fundamentais que são consideradas inquestionáveis e essenciais para a doutrina cristã. A proclamação do dogma da Ascensão de Jesus Cristo não ocorreu em um único evento ou concílio específico, mas foi gradualmente aceita e desenvolvida pela tradição cristã ao longo dos séculos, pautada na revelação contida nas Sagradas Escrituras.

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A crença na Ascensão de Jesus Cristo

A crença na Ascensão de Jesus Cristo é claramente afirmada em vários livros do Novo Testamento, incluindo os Evangelhos e os Atos dos Apóstolos. Além disso, os primeiros cristãos acreditavam na Ascensão e celebravam-na como um evento importante, evidenciado por algumas obras dos primeiros séculos da era cristã. No século VI, foi incluído no Credo de Santo Atanásio. A crença na Ascensão de Jesus tem sido uma parte integral da doutrina e tem sido defendida pelos concílios ecumênicos, como o Concílio de Trento no século XVI.

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Passagens de celebração

As bases contidas nas Sagradas Escrituras podem ser vistas a seguir:

“Então, o Senhor Jesus, depois de ter falado com eles, foi elevado ao céu e sentou-se à direita de Deus.” (Marcos 16,19)
“E, levantando as mãos, os abençoou. E aconteceu que, enquanto os abençoava, se apartou deles e foi elevado ao céu.” (Lucas 24,50-51)
“Enquanto os abençoava, ele se afastou deles e foi elevado ao céu.” (Atos dos Apóstolos 1,9)
“Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir”. (Atos dos Apóstolos 1,11)
“Porque não foi a um santuário feito por mãos que Cristo entrou, figura do verdadeiro, mas no próprio céu, para agora aparecer diante da face de Deus por nós.”  (Hebreus 9,24)

Essas passagens descrevem a Ascensão de Jesus Cristo ao céu, onde Ele se sentou à direita de Deus. São frequentemente lidas e refletidas durante a celebração da Ascensão, que é um feriado litúrgico importante para muitas denominações cristãs.

Assim diz o prefácio da Ascensão I: “Vencendo o pecado e a morte, vosso Filho, Jesus, rei da glória, subiu (hoje) ante os anjos maravilhados ao mais alto dos céus. E tornou-se o mediador entre vós, Deus, nosso Pai, e a humanidade redimida, juiz do mundo e Senhor do universo. Ele, nossa cabeça e princípio, subiu aos céus não para se afastar de nossa humildade, mas para nos dar a certeza de que nos conduzirá à glória da imortalidade…

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Rafael Vitto

Rafael Vitto, seminarista CN. Graduado em Filosofia e estudante de Teologia. Atuante na paróquia São Sebastião em Cachoeira Paulista.