A graça de Deus em meio à dor da perda gestacional
Olá! Quero compartilhar com vocês um pouco do meu testemunho, da minha experiência com Deus e dos desafios que Ele permitiu que eu vivesse. Em 2017, casei e logo engravidei. Vivi a alegria e a expectativa de ser mãe pela primeira vez. A gestação foi tranquila e serena, acompanhada de perto pelos profissionais de saúde.
Testemunho: do luto a superacao | Juliana Santos
A força da fé em meio à incerteza
Com 20 semanas de gestação, descobrimos que nossa filha, Cecília, tinha uma restrição de crescimento. Apesar do acompanhamento médico, a situação se agravou. Na 32ª semana, o sofrimento fetal se tornou evidente e o parto prematuro foi a única opção.
Fomos para o hospital com a certeza de que Deus estava no controle. Enfrentei o parto prematuro com serenidade, mesmo sem a presença do meu marido no centro cirúrgico. Cecília nasceu muito pálida e anêmica, sendo levada imediatamente para a UTI neonatal.
Enquanto me recuperava da cesariana, Cecília lutava pela vida na UTI. A equipe médica se esforçava para reanimá-la, mas a situação era delicada. Tivemos apenas breves momentos com ela, marcados pela esperança e pela fé de que Deus faria um milagre.
A notícia da perda e a busca por consolo
Na noite seguinte ao parto, a enfermeira nos chamou para uma conversa difícil. Cecília estava tendo paradas cardíacas, e a equipe médica não sabia se ela resistiria. Meu marido e eu nos unimos em oração, buscando forças em Deus e no apoio dos irmãos de comunidade. Infelizmente, Cecília não resistiu e faleceu.
A dor da perda foi imensa, mas a fé em Deus me sustentou. Enfrentamos o luto com a certeza de que Cecília estava nos braços do Pai. A licença maternidade, inicialmente rejeitada por mim, se tornou um tempo precioso para viver o luto e me recuperar física e emocionalmente.
A superação e a gratidão a Deus
Seis meses após a perda da Cecília, Deus me concedeu a graça de uma nova gestação. Para nossa alegria, eram gêmeos! Vivi essa gestação com a mesma fé e serenidade da primeira, mas com a experiência e o amadurecimento que a perda da Cecília me proporcionou.
Hoje, meus gêmeos, João Murilo e Giovana, têm cinco anos, e tenho também a Inês, de três anos. Contemplo a graça de Deus em minha vida e agradeço a Ele por todas as experiências, mesmo as dolorosas. A Cecília sempre terá um lugar especial em meu coração, pois me ensinou a confiar em Deus e a viver cada momento com intensidade.
Se você está passando por um momento difícil, como a perda de um filho, saiba que Deus está com você. Busque a força da oração, o apoio da medicina e confie na Virgem Maria. Permita-se viver o luto, mas não perca a esperança. Deus sempre tem o melhor para nós e nos concede a graça de recomeçar.