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As crianças e as redes sociais: até onde os pais devem proibir?

A internet no nosso dia a dia é uma realidade sem volta. Não há como negar a importância dela e a necessidade de seu uso em coisas cotidianas, pois nela tiramos dúvidas e encontramos o acesso à informação, à educação, ao comércio, ao lazer, ao entretenimento, à comunicação…

Dentro de tantas vias que o mundo digital nos apresenta, destacamos as redes sociais, onde mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo têm perfis e compartilham arquivos, ideias, fotos, artigos e mensagens em plataformas como WhatsApp, Facebook, Twitter, Instagram, YouTube entre outras.

As crianças e as redes sociais: até onde os pais devem proibir?

Foto Ilustrativa: by Getty Images / ismagilov

Há inúmeras vantagens e pontos positivos nesses espaços e “vitrines virtuais”, porém também há um lado perigoso, negativo.

Vantagens e desvantagens do uso da internet para as crianças

Podemos aqui comparar a internet como a vara que Moisés usou para abrir o Mar Vermelho, mas que também se transformou em serpente perigosa diante do Faraó (cf. livro de Êxodo 7, 8s e Êxodo 13, 21s). E é isso: o mesmo instrumento pode ser bom ou ruim; ser usado com sabedoria e conhecimento ou utilizado para prejudicar, difamar, levar ao caos, ao erro.

As nossas crianças, colocadas diante de uma tela cheia de possibilidades e informações, precisam ser acompanhadas, orientadas e ensinadas. A educação e a supervisão rigorosa dos pais e responsáveis são fundamentais.

Elas ainda estão em desenvolvimento, e isso inclui a capacidade de discernir o que é bom ou mau, verdadeiro ou falso, podendo transformar as redes sociais e o acesso livre à internet numa porta aberta para diferentes perigos.

Dicas para evitar o uso indevido

Há algumas medidas concretas e importantes que os adultos (pais, responsáveis, professores, orientadores) podem tomar:

– Orientar a criança e o adolescente (sim, o adolescente) sobre o conceito de risco e segurança on-line;

– Passar algum tempo on-line junto com ela. Podem acessar as redes sociais e gravar algum vídeo juntos, por exemplo. Os pais precisam ter interação com os filhos através das redes;

– Verificar seu comportamento e monitorar suas atividades;

– Falar abertamente sobre conteúdo permitido, atividade inapropriada, ciberbullying (as piadas e/ou críticas on-line), perseguição, fraudes e riscos de divulgação de informação pessoal;

Leia mais:
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– Ensinar sobre responsabilidade e bons costumes on-line;

– Mostrar que o compartilhamento de dados (seja fotos, comentários, opiniões, vídeos etc.) ocorre de forma instantânea, por isso, mesmo que depois apague, é bem provável que outra pessoa já tenha salvo ou feito print.

– A criança e o adolescente precisam entender o impacto que ações ruins podem causar, e que há consequências.

– E estar ciente de que a remoção de conteúdo virtual é lenta e difícil – às vezes, até mesmo impossível.

Fique atento, mas mantenha sempre um diálogo aberto

O diálogo e a conversa franca são extremamente importantes. Não tenha medo ou escrúpulos de conversar abertamente com essas crianças e adolescentes. É saudável e cria a abertura necessária, pois eles se sentirão confortáveis para partilhar e lhes comunicar se algo estiver errado, se estão sendo vítimas de algum tipo de abuso on-line, por exemplo.

E nunca nos esquecermos de que estamos lidando com pessoas, e com elas a gente se relaciona. As reuniões e passeios familiares são necessários. A conversa, a convivência na mesa de refeição, no caminho para a escola, nos passeios de fim de semana. São momentos ricos e que podem ser de qualidade e de aproximação, de conhecimento e abertura.

Esse calor da convivência é saudável para o relacionamento familiar.

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