Deus nos vê e nos chama para sermos inteiramente d’Ele. Investe e conquista nosso coração para que, uma vez conquistado, não O abandonemos mais. Essa conquista é o que chamamos de “encontro pessoal com Jesus”. Algo que, em geral, muda radicalmente nossa vida, dando novo sentido a tudo o que somos e fazemos.
Jesus precisou dos ensinamentos e cuidados de Sua mãe. Aos 12 anos, quando se perdeu em Jerusalém em meio a todo aquele alvoroço, ao reencontrar Nossa Senhora, disse: “Não sabíeis que eu devo estar naquilo que é de meu Pai?” (cf. Lc 2, 49). Essa é uma condição que assumimos quando somos conquistados por Deus: ocupamo-nos com alegria daquilo que lhe diz respeito.
Sabemos, porém, que este mundo é bastante conturbado. Recebemos grande quantidade de informações diariamente, levamos, com frequência, uma vida corrida, com muitas atividades, enfim. Essa é a era da tecnologia, dos avanços científicos, dos apelos visuais e sonoros, em que se tornou possível ir do Céu ao inferno com um “clic” no mouse de nosso computador. São muitas as situações que nos envolvem e, quando não estamos atentos, corremos o risco até mesmo de esquecer lentamente aquele dia em que sentimos um amor tão forte que simplesmente deixamos de resistir e começamos uma caminhada com Deus.
O que acontece depois de conquistado?
Diante dessa realidade, é preciso convocar os operários cujo coração o próprio Senhor já conquistou e inflamou de vontade de servi-Lo. E assim como os operários daquela plantação de uvas que trabalharam o dia todo e receberam o mesmo salário dos que trabalharam na última hora, o Senhor Jesus tem coragem de pagar você o mesmo que está pagando ao Papa João Paulo II, para o padre Jonas Abib, porque Jesus tem pressa de fazer a ceifa, e leva em conta quem aceita Seu chamado. Ele quis precisar de você, e o convoca para entrar nesta. Imagine isso: Ele quis contar com você mesmo, que até hoje ninguém tenha pensado nessa possibilidade. Não há na face da Terra ninguém como você, que toca o que Deus pede do seu jeito.
(…)
É necessário reconhecer-se como filho de Deus e se comportar como tal. Você precisa assumir sua identidade onde estiver: na rua, no seu prédio, no ambiente de trabalho. Deus quer chegar à boca de fumo, onde está aquele jovem que passa por uma overdose. Essas pessoas necessitam muito da nossa ajuda, e não é ficando em casa, assistindo a um programa aqui ou ali com as pernas para cima, que essas situações mudam, mas saindo de casa, rezando, se preparando, dando testemunho, vivendo o PHN e levando tudo isso para as pessoas que realmente necessitam. Temos várias pastorais e movimentos na Igreja, cada um com sua espiritualidade específica. Com uma delas você se identifica, e por meio desta Deus fará em você, por meio de você, maravilhas.
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Precisamos nos consumir como vela que se queima, em prol do Evangelho e do Reino de Deus. Mas o que Deus sentiu é o que sentimos hoje. Deus não tem boca, não tem mão, não tem língua, não tem olho. Deus é espírito e precisa do seu olho, da sua boca, da sua mão, precisa dos seus ouvidos, dos seus pés. Até então, esses órgãos haviam sido usados para o mal. Hoje, Deus diz que precisa de você. São muitas pessoas que estão querendo ouvir, mas não sabem disso e não reconhecem que precisam de ajuda. Porém Deus precisa do seu sim, da sua coragem, da sua boca, até mesmo da sua fraqueza, do seu medo e da sua timidez, do seu jeito próprio de ser, porque sobre tudo isso a unção descerá, e você será uma ferramenta eficaz nas mãos d’Ele. Coragem! Arrisque-se, queira fazer essa experiência, porque isso é o melhor que pode acontecer em sua vida, é um caminho que Ele já percorreu e no qual você poderá seguir.
Texto extraído do livro “Jovem, o caminho se faz caminhando”, de Dunga.