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Se Deus é por nós, quem será contra nós?

A Palavra de Deus sempre nos dará respostas diante do que vivemos, pois ela é sempre viva e atual, e deve ser a nossa bússola: “Que diremos depois disso? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8,31-39). Diante dessa citação bíblica, o que podemos dizer?

Vemos quantas adversidades, e somos convocados ao confinamento dentro de nossas próprias casas, impedidos de visitar aqueles que amamos; com a insegurança e o medo do contágio, mantermos distância das pessoas é a melhor recomendação. Não é permitido tocar, abraçar, acariciar… ferindo a nossa essência de sermos afetivos! E as pessoas do grupo de risco, esses sim se tornaram prisioneiros em seu próprio lar, vivem assolados pela solidão; outros são impedidos de trabalhar para ganhar o sustento da família, e já não têm a garantia de seu emprego; outros já foram demitidos. Há também aqueles que precisam continuar o seu tratamento, ir em consultas médicas, e dependem de transporte público para chegar aos hospitais, mas, com medo do contágio, deixam de ir e sofrem.

Se Deus é por nós, quem será contra nós?

Foto ilustrativa: Larissa Ferreira/cancaonova.com

Se Deus é por nós, quem será contra nós?

Em meio a um mundo de adversidades, é preciso lembrar que estamos ao lado de um Deus que pode vencer todas elas. Ele entregou seu próprio Filho por nós. Somos escolhidos, eleitos do Senhor. É Jesus quem está na direção da nossa vida, então, não precisamos ter medo nem nos sentirmos inseguros.

Por quantas provas teremos que passar? Quantas vezes nossa esperança será posta à prova? Em Atos do Apóstolos 14,22, lemos: “ É necessário passar por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus”.

O Cardeal José Tolentino Mendonça, ao refletir o Evangelho em Mt 6,25-34, disse: “ Não vivais preocupados com o comer e o beber”. O cardeal nos alerta para vivermos bem essa oportunidade do isolamento: «o restabelecimento de uma intimidade e da confiança em Deus. O convite para nos abandonarmos à Providência com uma atitude contemplativa que não é desapego da realidade, mas que leva a uma compreensão do que, realmente, nos nutre, além do alimento na despensa.

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Por maior que seja a dificuldade pela qual estejamos passando, não desanimemos, mas confiemos, mantenhamos a fé e a esperança. Lembremo-nos de que Deus não dá a cruz que não podemos carregar; e conhecendo a nossa fraqueza, dá-nos a força do alto para prosseguirmos, o Espírito Santo.

As palavras do Papa Francisco nos ajudam a entender o sentido da cruz:

“Abraçar a sua cruz significa encontrar a coragem de abraçar todas as contrariedades da hora atual, abandonando por um momento a nossa ânsia de onipotência e possessão, para dar espaço à criatividade que só o Espírito é capaz de suscitar. ” (Homilia 27/03/2020)

Livro Rezar com a Mãe