Certa vez, passando por um muro, um grafite me saltou aos olhos. Chamou-me tanto a atenção que decidi o fotografar. Achei tão bonito; tão profundo; tão cheio de significados!
Inicialmente, lembrou-me dos traços da imagem do Cristo Redentor do Rio de Janeiro, pois, algumas vezes, o Cristo, no alto do Corcovado, fica nublado, escondido por nuvens. E, por vezes, na nossa vida, a imagem de Deus também é assim, isto é, encoberta por nuvens de tribulações e sofrimentos, parece que Ele não está ali; não está nos vendo.
Esse grafite me remeteu também a uma pessoa triste, perdida, querendo esconder-se de si e dos outros. Uma pessoa comum, como você e eu.
Qual é o convite que esse grafite te fez hoje?
A verdade é: não sei o que ela significa, ou o que pretendia passar quem a criou; porém, me fez pensar no Cristo e no homem, isto é, quando perdemos a imagem de Deus em nós, a tristeza torna-se uma consequência inevitável. É possível até ver traços do Cristo neste homem, mas maior é a desolação que ele (o homem) revela.
Será que hoje, diante de tantas realidades que temos vivido, o nosso rosto é diferente daquele? O que temos revelado? As tribulações que nos acometem e são permitidas por Deus têm um propósito, pois “tudo concorre para o bem (…)”.
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Que resposta temos dado? Qual tem sido o nosso testemunho? Em quem temos depositado a nossa confiança? Serão as nuvens resultado das torrenciais lágrimas já derramadas?
Não sei. Não sei. Não sei!
Mas recebi, pelo grafite, um convite: sempre e em toda circunstância, sou chamada a revelar o Cristo, além disso, acreditar que, mesmo que não pareça, mesmo que as nuvens (dos meus limites e misérias) o escondam, Ele, o Cristo, está ali. E quanto a nós? Cabe revela-Lo a quem necessitar.