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Direcione o seu sofrimento para o Céu

Digo para mim mesma: Luzia, não desperdice a dor nem o sofrimento; aproveite todas as suas lágrimas. Ao sermos livres para chorar, agradeçamos, pois o pranto traz alívio, lava a alma. O dom das lágrimas é um privilégio! Não percamos tempo, mas apresentemos nossa dor, nosso sofrimento e nossas lágrimas ao Senhor:

“Senhor, tende piedade de mim, socorrei-me sem demora, pois já estou desfalecendo. Vinde em meu auxílio! Se o Senhor não intervir, logo vou sucumbir” (cf. Sl 142,7).

Precisamos interceder pelos que não rezam. Quem não sabe como orar deve ter e ousar começar. Se você não tem palavras para orar e, mesmo assim, se esforça, já está rezando.

Quando um eremita reza, na sua solidão, ele reza em comunhão com todos os homens e mulheres da face da Terra. Quando oro sozinho ou com o povo, rezo por você. Rezamos uns pelos outros. Quando você ora com lágrimas ou com o seu coração sofrido, sem palavras, você está orando em comunhão com uma multidão de irmãos que, como você, sofre pelo mundo.

Direcione o seu sofrimento para o Céu

Foto ilustrativa: RapidEye by Getty Images

A vocação própria de um eremita e de uma religiosa enclausurada é a oração, porém, mesmo os que têm vocação sentem necessidade de rezar, e rezar muito. Temos esse ofício e precisamos cumpri-lo. Quem não sabe rezar pode oferecer a Deus a vontade de rezar e orar mesmo sem compreender. Até o sofrimento direcionado a Deus, por não saber orar, é uma oração.

Não desperdice o seu sofrimento

Não tenha receio, não desperdice as grandes e pequenas tribulações. “Há esperança para tua descendência: teus filhos voltarão para a terra que é deles” (Jr 31,17). Direcione tudo para o Céu, confie na providência constante do Pai. “Senhor, clamo a Ti, corre em auxílio; escuta a minha voz quando te invoco. Que minha oração suba à tua presença como incenso” (Sl 141,1-2).

Nosso coração precisa ser uma tocha acesa diante de Deus. Mesmo com as nossas ocupações, doenças e reveses, sem conseguir falar como gostaríamos, precisamos nos apresentar a Deus e permanecer em Sua presença. O Senhor vê e considera nosso esforço, ouve nossa oração, feita com palavras ou em silêncio, vê nosso íntimo, nosso sofrimento, nossa dor e as lágrimas. Como Deus é Deus! Como Deus é bom!

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Lembremos: nunca rezamos sozinhos. Deus é Trino, é família. Rezamos com Jesus e o Espírito Santo no Pai. Rezamos em comunhão com Nossa Senhora, os anjos e santos, com toda a Igreja do Céu e da Terra! Como é linda a nossa família!

Texto extraído do livro: “Sofrer sem nunca deixar de amar“, de Luzia Santiago.

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