Até o presente momento, você teve acesso a textos que nos colocam na realidade mais carnal, o pecado. Porém, “Deus, que te criou sem ti, não te salvará sem ti, porque todos nós, tu e eu, temos sempre a possibilidade – a triste desventura – de levantar-nos contra Deus, de rejeitá-lo – talvez com a nossa conduta – ou de exclamar: Não queremos que ele reine sobre nós. (…)”, diz-nos o Bispo de Hipona, Santo Agostinho.
São Josemaría Escrivá continua: Queres fazer o favor de pensar – eu também faço o meu exame – se manténs imutável e firme a tua opção pela Vida? Se, ao ouvires essa voz de Deus, amabilíssima, que te estimula à santidade, respondes livremente que sim? Volvamos o olhar para o nosso Jesus, quando falava às multidões pelas cidades e campos da Palestina. Não pretende impor-se. Se queres ser perfeito…, diz Ele ao jovem rico. Aquele rapaz rejeitou a insinuação, e conta-nos o Evangelho que abiit tristis, que se retirou entristecido. Por isso cheguei certa vez a chamar-lhe ave triste: perdeu a alegria porque se negou a entregar a sua liberdade a Deus. (Amigos de Deus, 23-24).
Antes de seguirmos ao centro do texto, seria interessante dizer um pouco sobre a liberdade do ser humano
A razão pela qual do homem se exige um comportamento moral é que ele é um animal racional e livre. Em virtude da liberdade, a pessoa se torna dona dos seus próprios atos, e dela é exigido que assuma a plena responsabilidade dos mesmos. Se o agente não é livre, as suas ações (do ponto de vista ético) não são nem boas nem más, uma vez que não as realiza em virtude de uma decisão pessoal livremente tomada. Por isso é a primeira condição do agir ético: ainda que fosse um ato objetivamente mal, como por exemplo, o homicídio, perderia a qualidade de “moralmente mau” se não fosse realizado pelo agente mediante um ato livre. Diante dos outros seres, o homem se distingue pela racionalidade e a capacidade de agir livremente. Aqui tem origem uma diferença radical entre o homem e o resto das realidades criadas. De fato, os seres inorgânicos são guiados matematicamente pelas leis que regem a matéria. Por exemplo, a lei da gravidade se realiza toda vez que lançamos uma pedra no espaço.
Também os seres vivos agem conforme suas leis biológicas: os vegetais procedem (nascem, crescem e morrem) seguindo algumas leis que configuram as suas espécies. Do mesmo modo, os animais se comportam segundo os instintos das suas respectivas espécies, e se sabe que estes instintos estão incisos nos seus genes. Consequentemente, o animal age automaticamente, sempre do mesmo modo, seguindo o próprio impulso instintivo.
O homem, ao contrário, pode intervir diretamente no processo do próprio agir:
Se decide ou se abstém, interrompe o que tinha decidido ou escolhe entre as múltiplas possibilidades que lhe são oferecidas, decide continuar ou suspender uma determinada ação, e pode também optar pelo seu contrário etc. Isso se chama “liberdade”. Nicolai Hartmann escreveu: “O problema da liberdade é o mais difícil problema da ética. É certamente o seu exemplum crucis”. Porém, se procurássemos defini-la sinteticamente, poderíamos fazê-lo nos seguintes termos: a liberdade é a capacidade de autodeterminar-se. A essência da liberdade não está propriamente na possibilidade de escolher, porque a “escolha” como tal segue a “autodeterminação”, de modo que, uma vez que o sujeito escolheu não poderia exercitá-la de novo. Certamente que o homem pode decidir fazer uma outra escolha, e pode também corrigi-la, mas isso equivale a “autodeterminar-se” de novo.
A Gaudium et Spes, no parágrafo 17, destaca como o homem pode voltar-se ao bem somente na liberdade a qual justamente aspira, mas que nem sempre consegue bem educar-se nela, cultivando-a de um modo mal e entendendo-a também como liberdade de fazer o mal, como se fosse lícito fazer tudo aquilo de que gosta e diz respeito aos seus interesses pessoais.
A liberdade, em vez disso, foi dada ao homem para que nessa ele procure espontaneamente a Deus e chegue aEele com livre adesão interior. No entanto, dessa liberdade e do uso que o homem faz dela este deverá responder ao próprio Deus. De tudo isso se evidencia como o homem é um ser livre, mas exatamente porque é assim deve também responder pelas suas ações e comportamentos. Então, liberdade e responsabilidade são os dois elementos constitutivos do ato e do comportamento moral. Portanto, o fundamento antropológico da moral é a liberdade criatural. Ainda que o homem seja essencialmente livre, todavia, a sua liberdade não é absoluta, mas condicionada e limitada. Em outros termos, a sua liberdade é criatural.
Por isso, quando falamos de conversão, algo dentro de nós nos move – a graça-, nos causa arrependimento.
Humilha o nosso coração para reconhecermos que nosso orgulho nos cega e nos limita. E que, pela Graça de Deus, podemos voltar (livremente) e progredir numa vida livre. Pois Deus, sim, nos garante a liberdade verdadeira. Escolher Deus nos coloca como colaboradores da graça, além de nos colocar no caminho salvífico. Consideremos o parágrafo 13 da Gaudium et spes:
Constituído por Deus em estado de justiça, o homem, contudo, instigado pelo Maligno, desde o início da história, abusou da própria liberdade. Levantou-se contra Deus desejando atingir seu fim fora dele. Apesar de conhecerem a Deus, não o glorificaram como Deus. O seu coração insensato se obscureceu e eles serviram à criatura ao invés do Criador. Isso que nos é conhecido pela Revelação divina concorda com a própria experiência. Pois o homem, olhando o seu coração, descobre-se também inclinado para o mal e mergulhado em múltiplos males que não podem provir do seu Criador que é bom. Recusando muitas vezes a reconhecer Deus como seu princípio, o homem destruiu a devida ordem em relação ao fim último e, ao mesmo tempo, toda a sua harmonia consigo mesmo, com os outros homens e as coisas criadas.
Por isso o homem está dividido em si mesmo. Por esta razão, toda a vida humana, individual e coletiva, apresenta-se como uma luta dramática entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas. Bem mais ainda. O homem se encontra incapaz, por si mesmo, de debelar eficazmente os ataques do mal; e assim cada um se sente como que carregado de cadeias. Mas o próprio Senhor veio para libertar e confortar o homem, renovando-o interiormente. Expulsou o “príncipe deste mundo” (Jo 12,31) que retinha o homem na escravidão do pecado. O pecado, porém, diminuiu o próprio homem, impedindo-o de conseguir a plenitude. À luz desta Revelação, a vocação sublime e ao mesmo tempo a profunda miséria que os homens sentem, encontram a sua razão última.
O sacramento da reconciliação
A reconciliação com Deus abrange a reconciliação dos seres humanos entre si e a reconciliação com toda a obra criada pelo próprio Deus. É preciso enfatizar que, na Igreja, o pecado é considerado como a cizânia que deve ser arrancada, a ferida que deve ser curada, a obra do inimigo da salvação, diante de quem o cristão deve permanecer vigilante e em disposição de luta. O pecado é o contrário da graça, e pode ser descoberto sob a luz da vida e dos ensinamentos de Jesus Cristo.
A reconciliação, isto é, a amizade e a paz entre Deus e a humanidade, vem através de Jesus Cristo, a quem o pai enviou e entregou à morte para que expiasse o pecado do mundo e redimisse os seres humanos. Com sua vida, morte e ressurreição, Jesus Cristo se transforma não somente no Salvador dos seres humanos, mas no centro da humanidade reconciliada, na fonte de toda reconciliação. Como diz São Paulo, “Por meio dele, nós, judeus e gentios, num só Espírito, temos acesso ao Pai” (Ef 2,18; Cl 1,19ss).
Com a Eucaristia e ao seu lado, o sacramento da Penitência é chamado a realizar, na comunidade cristã, uma obra que é permanente e continuada na vida da Igreja. Se a Eucaristia é o sacramento que alimenta e mantém permanentemente os fiéis na caridade de Cristo e da Igreja, a reconciliação sacramental está destinada a libertar o corpo da Igreja de tudo aquilo que impede e obstrui a caridade, numa ação constante e perseverante que visa à destruição das forças do mal e do pecado que ameaçam a Igreja constantemente.
Os sacramentos, em geral, partem da realidade do ser humano, de sua condição corpóreo-espiritual, e visam a revelar, através dos sentidos humanos, algo que está mais além dos sentidos. Assim, o sacramento da Reconciliação lança raízes na condição humana, em sua complexidade, em suas contradições internas, em seus dramas psíquicos. No fundo do drama antropológico está o problema da liberdade. De fato, o ser humano é chamado a agir de acordo com seus próprios imperativos de consciência, implicando o risco de acertar ou não em suas decisões. De qualquer modo, a pessoa sempre é chamada a assumir a responsabilidade de seus próprios atos, evitando a necessidade de “autojustificação”. O exercício da liberdade humana está vinculado ao sentido que cada um confere à própria existência e à existência dos outros.
É possível constatar que a mensagem de reconciliação responde à ameaça ou à tentação de discórdia que se esconde no coração de cada ser humano e de cada grupo humano. Podemos dizer que em cada coração humano há o desejo de paz e de amizade, mas que tal desejo, muitas vezes, encontra entraves e obstáculos que faz os homens se afastarem e se separarem uns dos outros.
Segundo Flórez, “o chamado à conversão exige uma mudança profunda no interior da própria pessoa, que ordinariamente só acontece em virtude de um impulso religioso”. Do ponto de vista do fenômeno religioso, a conversão se configura como uma experiência interior que capta as forças intelectuais, morais e até corporais da pessoa, colocando todas essas dimensões a serviço da fé, de um projeto religioso de vida. É importante salientar dois fatores no fenômeno religioso da conversão:
1) a consciência de um passado ao qual se quer pôr fim, de uma forma de vida que se considera falsa ou vazia;
2) o olhar para frente, para uma forma de vida que se contempla cheia de luz e de verdade. O desejo de conversão e de mudança parte da consciência de ter errado, de ter perdido a direção certa, e está unido à necessidade de reorientar a vida no sentido certo.
No contexto bíblico e eclesial, a conversão tem o seu sentido atrelado à recepção do batismo e, ademais, refere-se à fidelidade do crente a Deus e às exigências que derivam da graça do batismo ou da aliança estabelecida entre Deus e seu povo. A conversão batismal é, sobretudo, conversão à fé em Jesus. A morte ao pecado, a suas consequências e exigências, está unida à nova vida recebida através da fé e do batismo, pela qual o cristão se torna filho de Deus e membro da família santa. A “segunda conversão” tem como pressuposto a graça batismal e pretende ajudar o batizado a superar os obstáculos e tropeços que se interpõem no caminho da salvação.
Agora, comecemos com uma pergunta:
Qual o remédio para o pecado? A resposta é uma só: uma contínua conversão pela penitência. A penitência são as atitudes e gestos que revelam a mudança interior, a conversão do coração. O Catecismo da Igreja explica que “a conversão interior impele à expressão exterior com gestos e sinais visíveis, gestos e sinais de penitência” (n. 1430). E o Catecismo completa, de modo muito preciso: “A penitência interior é uma radical reorientação de toda a vida, um retorno, uma conversão a Deus com todo o coração, uma ruptura com o pecado, uma aversão ao mal, juntamente com a reprovação das más ações que cometemos” (n. 1421). Observe-se bem: antes de falar diretamente no sacramento da Penitência, estamos falando numa profunda atitude de penitência! É que não tem sentido o sacramento sem a atitude interior; de nada adianta confessar-se sem o sincero sentido do pecado e o firme propósito de conversão! Desde já, vai aparecendo claro que o Sacramento da Penitência insere-se numa atitude mais ampla de volta a Deus e no profundo sentido existencial de que somos pecadores. Como diz o Salmista: “Um coração despedaçado e triturado, ó Deus, não rejeitarás! Cria em mim um coração puro, ó Deus; enraíza em mim um espírito novo” (Sl 51,19.12).
É Deus mesmo quem concede ao homem a graça de ver seus pecados e buscar o arrependimento. Tanto que, de modo comovente, o Livro das Lamentações súplica: “Faze-nos retornar, Senhor, e nós retornaremos” (Lm 5,21). Essa atitude de penitência que, com sua graça, Deus provoca em nós, pode ser expressa de muitos modos: a oração, o jejum, a abstinência de carne, a esmola, a busca sincera de reconciliação com o próximo, as obras de misericórdia… enfim, o amor, que cobre uma multidão de pecados (cf. 1Pd 4,8). Acima de tudo, serve-nos como sincera expressão de arrependimento e busca do perdão de Deus, a generosa aceitação da cruz de cada dia por amor de Cristo. Então, mais uma vez: trata-se de uma ampla atitude de conversão, e somente aí é que se pode inserir a Penitência sacramental! Caso contrário, ela seria um rito vazio e mecânico, inútil, e uma verdadeira afronta a Deus!
Demos, agora, mais um passo. Cristo, nosso Senhor, instituiu, na sua Igreja, um sacramento – um sinal concreto, eficaz, no qual Ele mesmo se empenha – do perdão dos pecados para aqueles que, já batizados, caíram gravemente e, assim, perderam a graça batismal e feriram o corpo da Igreja, de quem somos membros! Por este sacramento, recebemos a graça que nos ajuda na conversão, bem como o perdão dos pecados, recuperando a graça da justificação: tornamos a comunhão com Deus em Cristo e com a Igreja, que é Corpo do Senhor. Por isso mesmo, os antigos doutores cristão gostavam de chamar a Penitência de “segunda tábua de salvação, depois do naufrágio de ter perdido a graça”!
Agora, faça algo diferente, busque uma capela com o Sacrário e leve este texto abaixo como meditação. Lembre-se onde Deus o tocou e por onde Ele o conduz:
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- Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova… Tarde Te amei! Trinta anos estive longe de Deus. Mas, durante esse tempo, algo se movia dentro do meu coração… Eu era inquieto, alguém que buscava a felicidade, buscava algo que não achava. Mas Tu Te compadeceste de mim e tudo mudou, porque Tu me deixaste conhecer-Te. Entrei no meu íntimo sob a Tua Guia e consegui, porque Tu Te fizeste meu auxílio.
- Tu estavas dentro de mim e eu fora… “Os homens saem para fazer passeios, a fim de admirar o alto dos montes, o ruído incessante dos mares, o belo e ininterrupto curso dos rios, os majestosos movimentos dos astros. E, no entanto, passam ao largo de si mesmos. Não se arriscam na aventura de um passeio interior”. Durante os anos de minha juventude, pus meu coração em coisas exteriores que só faziam me afastar cada vez mais d’Aquele a Quem meu coração, sem saber, desejava… Eis que estavas dentro e eu fora! Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Estavas comigo e não eu Contigo.
- Mas Tu me chamaste, clamaste por mim e Teu grito rompeu a minha surdez… “Fizeste-me entrar em mim mesmo… Para não olhar para dentro de mim, eu tinha me escondido. Mas Tu me arrancaste do meu esconderijo e me puseste diante de mim mesmo, a fim de que eu enxergasse o indigno que era, o quão deformado, manchado e sujo eu estava”. Em meio à luta, recorri a meu grande amigo Alípio e lhe disse: “Os ignorantes nos arrebatam o céu, e nós, com toda a nossa ciência, nos debatemos em nossa carne”. Assim me encontrava, chorando desconsolado, enquanto perguntava a mim mesmo quando deixaria de dizer “Amanhã, amanhã”… Foi então que escutei uma voz que vinha da casa vizinha… Uma voz que dizia: “Pega e lê. Pega e lê!”.
- Brilhaste, resplandeceste sobre mim e afugentaste a minha cegueira. Então corri à Bíblia, abri-a e li o primeiro capítulo sobre o qual caiu o meu olhar. Pertencia à carta de São Paulo aos Romanos e dizia assim: “Não em orgias e bebedeiras, nem na devassidão e libertinagem, nem nas rixas e ciúmes. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo” (Rm 13,13s). Aquelas Palavras ressoaram dentro de mim. Pareciam escritas por uma pessoa que me conhecia, que sabia da minha vida.
- Exalaste Teu Perfume e respirei. Agora suspiro por Ti, anseio por Ti! Deus… de Quem separar-se é morrer, de Quem aproximar-se é ressuscitar, com Quem habitar é viver. Deus… de Quem fugir é cair, a Quem voltar é levantar-se, em Quem apoiar-se é estar seguro. Deus… a Quem esquecer é perecer, a Quem buscar é renascer, a Quem conhecer é possuir. Foi assim que descobri a Deus e me dei conta de que, no fundo, era a Ele, mesmo sem saber, a Quem buscava ardentemente o meu coração.
- Provei-Te, e, agora, tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me, e agora ardo por Tua Paz. “Deus começa a habitar em ti quando tu começas a amá-Lo”. Vi dentro de mim a Luz Imutável, Forte e Brilhante! Quem conhece a Verdade conhece esta Luz. Ó Eterna Verdade! Verdadeira Caridade! Tu és o meu Deus! Por Ti suspiro dia e noite desde que Te conheci. E mostraste-me então Quem eras. E irradiaste sobre mim a Tua Força dando-me o Teu Amor!
- E agora, Senhor, só amo a Ti! Só sigo a Ti! Só busco a Ti! Só ardo por Ti!…
- Tarde te amei! Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu Te amei! Eis que estavas dentro, e eu, fora – e fora Te buscava, e me lançava, disforme e nada belo, perante a beleza de tudo e de todos que criaste. Estavas comigo, e eu não estava Contigo… Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Chamaste, clamaste por mim e rompeste a minha surdez. Brilhaste, resplandeceste, e a Tua Luz afugentou minha cegueira. Exalaste o Teu Perfume e, respirando-o, suspirei por Ti, Te desejei. Eu Te provei, Te saboreei e, agora, tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me e agora ardo em desejos por Tua Paz!
- Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova… Tarde Te amei! Trinta anos estive longe de Deus. Mas, durante esse tempo, algo se movia dentro do meu coração… Eu era inquieto, alguém que buscava a felicidade, buscava algo que não achava. Mas Tu Te compadeceste de mim e tudo mudou, porque Tu me deixaste conhecer-Te. Entrei no meu íntimo sob a Tua Guia e consegui, porque Tu Te fizeste meu auxílio.
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Guilherme Razuk – Seminarista da Comunidade Canção Nova