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Rezar juntos em família: O segredo da unidade do Natal

O modelo perfeito de unidade e oração

O Natal é um convite à vivência da unidade; a centralidade do Natal consiste no nascimento do menino Deus. Maria e José são os primeiros adoradores de Nosso Senhor: No silêncio da gruta, veem o cumprimento da promessa: “Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: ‘uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará ‘Deus Conosco’” (Is 7, 14).

Crédito: Julius Frank/Domínio Público

Neles, encontramos um casal temente a Deus e orante. Como todo o povo de Israel, eles também aguardavam a chegada do Salvador. No ambiente da manjedoura, tudo converge para Cristo, Ele é o centro: todos são atraídos para seu nascimento, os anjos e os pastores (Lc 2,8-18) e os reis magos (Mt 2,1-12). É Natal! O clima é de amor, fé e esperança. Mas é na Sagrada Família que encontramos a base para uma família que reza.

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Natal é Mistério! Deus envia seu Filho Unigênito para a salvação do mundo. Segundo o Catecismo da Igreja Católica, Jesus é concebido pelo poder do Espírito Santo, nascido da Virgem Maria (Lc 1, 26-38): “A anunciação a Maria inaugura a ‘plenitude dos tempos’ (Gl4,4), isto é, o cumprimento das promessas […]. Maria é convidada a conceber aquele em quem habitará ‘corporalmente a plenitude da divindade’ […] pelo poder do Espírito: ‘O Espírito virá sobre ti’. O Espírito Santo é enviado para santificar o seio da Virgem maria e santificá-la divinamente […] fazendo com que ela conceba o Filho Eterno do Pai em uma humanidade proveniente da sua” (CIC 484). Diante do anúncio do anjo, e sem conhecer homem algum, a Virgem Maria pronuncia o seu Fiat: “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,37-38).

Maria estava desposada com José, e, antes de coabitarem, concebeu por virtude do Espírito Santo. José, seu esposo, sendo homem de bem, não quis difamá-la, mas resolveu rejeitá-la secretamente. O anjo Gabriel lhe apareceu em sonhos e lhe disse: ‘José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo’. E José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e a recebeu em sua casa a sua esposa’ (Mt 1,18-25).

O guardião dos tesouros de Deus

Com um papel singular na economia da salvação, José, “colocado à frente da Família do Senhor, contribuiu generosamente à missão recebida na graça […], tornou-se modelo exemplar de generosa humildade, que os cristãos têm em grande estima, testemunhando aquela virtude comum, humana e simples. […] Este Justo, que amorosamente cuidou da Mãe de Deus e se dedicou com alegres compromissos na educação de Jesus Cristo, tornou-se guarda dos preciosos tesouros de Deus Pai” (Congregação para o culto divino e disciplina dos
Sacramentos, 1° de maio de 2013).

Maria e José foram escolhidos por Deus, e para corresponder a tamanha graça, precisavam ser íntimos de Deus na oração. Nossas famílias são convidadas à mesma vivência: à vida de oração que une, edifica, constrói pontes, derruba as muralhas da divisão e da falta de perdão. Somos convidados a vencer as crises familiares, crises financeiras, as enfermidades.

Na oração, obteremos as bênçãos divinas sobre a nossa casa: “Felizes os que temem o Senhor, os que andam em seus caminhos. Poderás viver, então, do trabalho das tuas mãos, serás feliz e terás bem-estar. Tua mulher será em teu lar como uma vinha fecunda. Teus filhos em torno à tua mesa serão brotos de oliveira. Assim será abençoado aquele que teme o Senhor” (Sl 127, 1-4). Coloquemos Jesus no centro das nossas famílias, em um local de destaque: o nosso coração. Unidos em oração, nossos lares serão reedificados, pois “família que reza unida, permanece unida”. Feliz Natal!

Cássia Leal
Comunidade Canção Nova