Qual é o sentido da nossa existência?
Todo conhecimento, puramente humano, ainda não é capaz de responder ao questionamento de qual é o sentido da nossa existência. “Porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus” (At 20,27). O eterno conselho de Deus abrange, planos do coração d’Ele, desde a eternidade. Ele os revelou no Novo Testamento mediante os escritos dos apóstolos; e nós, crentes em Deus, estamos incluídos nesse projeto. Na epístola aos Efésios, São Paulo fala das quatro dimensões desse conselho, pois deseja que possamos “perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade” desses planos (cf. Ef 3,18).
A largura
Em virtude da obra de redenção realizada por Seu Filho; Deus quer salvar todos os seres humanos de todos os povos, tribos, línguas e classes sociais. Para fazerem deles, Seus filhos amados, a fim de que, estejam para sempre em Sua casa.
O comprimento
O conselho da graça de Deus é eterno assim como Ele mesmo é eterno. Seus projetos duram por toda a eternidade. Nós, que cremos no Senhor e Salvador Jesus Cristo e pertencemos à Sua Igreja, estaremos eternamente na casa do Pai.
A altura
Isso nos fala da elevada posição, em que fomos colocados como crentes. Individualmente fomos feitos filhos de Deus; e como conjunto formamos a Igreja de Deus, intimamente unida ao Senhor Jesus: somos Seu corpo no mundo e seremos Sua esposa no Céu.
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A profundidade
Temos de lembrar o quão baixo, o Senhor Jesus, teve de descer para nos salvar e conseguir que o conselho de Deus se tornasse realidade. Ele teve de se fazer homem e, como tal, assumir nosso lugar no juízo divino. Depois necessitou penetrar nas profundezas da morte e do inferno. Mas, Ele triunfou sobre tudo isso e venceu todas essas coisas.
É incompreensível o pensamento de que Deus nos amou com tamanho amor que nos incluiu em Seus maravilhosos e eternos projetos! Em parte, entendemos Seu amor eterno tão somente pela Sua infinita misericórdia.
Estamos aqui para estarmos na eternidade
Durante milhares de anos, a humanidade acreditou ocupar o centro do Universo. A lua, o sol, os planetas e as estrelas estavam em esferas que orbitavam o nosso mundo. Era a concepção aristotélica do cosmo, refinada por Ptolomeu, que só começou a mudar a partir do século XVI quando, o astrônomo polonês Nicolau Copérnico, propôs que era o sol que, na verdade, ocupava o centro de nosso sistema. Hoje, sabemos que a Terra orbita uma estrela ordinária no braço de uma galáxia com bilhões de astros semelhantes e que, a nossa própria Via Láctea é apenas uma, entre as bilhões de galáxias existentes.
Todo este conhecimento, porém, ainda não é capaz de responder à pergunta que o próprio Aristóteles já se fazia há milhares de anos: “Por que estamos aqui?”. O Bispo e Doutor da Igreja Santo Agostinho de Hipona dizia: “Não existe nada que não deva sua existência ao Deus Criador”. Estamos aqui para estarmos na eternidade. O sentido da nossa existência é o gozo sem fim com o Bom Deus.