“Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas anteriores passaram” (Ap 21, 3-4).
Muitos podem ser os sentimentos que surgem diante da perda de alguém que você ama. Dor tristeza, raiva, interrogações. Tudo isso faz parte desse processo.

Créditos: Imagem Gerada por Inteligência Artificial / CHAT GPT
Vivemos um momento em que praticamente a humanidade está de luto, afinal, diariamente recebemos notícia do falecimento de pessoas próximas a nós.
O luto envolve uma mistura de sentimentos
A finitude chega de diversas formas. Quem enfrenta ou enfrentou esse momento viu-se envolvido por sentimentos como dor, saudade, tristeza, revolta e interrogações.
Graças a Deus, a fé e o amor têm sido a grande força para reerguer quem enfrenta o vazio da perda de um ente querido. Muitos testemunham como a morte não tem a última palavra. O segredo para encarar a escuridão da morte é um intenso trabalho de amor. Na oração, nos unimos ao Senhor da Vida e podemos invocar desta maneira: “Meu Deus, clareia as minhas trevas!”. Em sua Ressurreição, Cristo não abandonou nenhum filho do Pai das Misericórdias. O Apóstolo Paulo afirma que é possível tirar o “ferrão venenoso” da morte (1 Cor 15, 55). Dessa forma, podemos impedir que a morte envenene a vida, estrague afeto ou nos jogue no vazio mais escuro.
Tomando por inspiração, a passagem bíblica do filho da viúva de Naim, “em seguida, Jesus foi a uma cidade chamada Naim. Os seus discípulos e uma grande multidão iam com ele. Quando chegou à porta da cidade, coincidiu que levavam um morto para enterrar, um filho único, cuja mãe era viúva. Uma grande multidão da cidade a acompanhava. Ao vê-la, o Senhor encheu-se de compaixão por ela e disse: ‘Não chores!’ Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Ele ordenou: ‘Jovem, eu te digo, levanta-te!’ O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe” (Lc 7, 11-15).
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A experiência do luto e um laço de solidariedade
A comovente cena mostra a compaixão de Jesus por quem sofre e também o poder de Jesus sobre a morte. A passagem bíblica revela uma experiência familiar muito triste: uma viúva que perdeu o único filho. “Para os pais, perder o próprio filho é algo particularmente desolador, que contradiz a natureza elementar das relações que dão sentido à própria família. A perda de um filho ou de uma filha é como se o tempo parasse: abre-se um buraco que engole o passado e também o futuro. A morte, que leva o filho pequeno ou jovem, é um tapa nas promessas, nos dons e sacrifícios de amor alegremente entregues à vida que fizemos nascer”, com essas palavras que o Papa Francisco busca descrever essa experiência dramática.
A fé é o consolo que podemos levar ao próximo. Por isso, o caminho é fazer crescer o amor, tornando-o mais sólido, e o amor nos protegerá até o dia em que toda lágrima será enxugada, quando ‘não haverá mais morte, nem lamentação, nem dor’ (Ap 21, 4). Se nos deixamos apoiar por esta fé, a experiência do luto pode gerar uma solidariedade mais forte dos laços familiares, uma nova abertura à dor das outras famílias, uma nova fraternidade com as famílias que nascem e renascem na esperança. Nascer e renascer na esperança, isso nos dá a fé”, ensina o Papa.
Equipe de Formação da Canção Nova