Vivemos situações onde temos que lutar bravamente para nos desvencilhar de coisas quer seja no sentido de uma mudança de modos, ou, numa mudança para uma maturação espiritual.
Dentro de ambos aspectos estão ligados os nossos desejos de sermos sociáveis, acolhedores, amigáveis; porque nos preocupamos com aqueles com quem convivemos e desejamos que a partir do nosso despojar, a recíproca seja verdadeira.
Queremos que haja uma harmonia constante nos nossos relacionamentos.
Nisto consiste buscarmos o que realmente nos faz melhores, dentro do núcleo social em que optamos viver. Contudo nesta sociedade, quer seja no trabalho, na escola, na igreja, partilhamos os espaços com diferentes comportamentos e hábitos.
Pessoas diferentes, com situações de vida diferentes, que trazem consigo desejos, carências e todo um mundo de emoções que somente o ser humano é capaz de trazer.
Inicia-se o processo de doação mutua, um processo de relação inversamente proporcional, ou seja, quanto maior o grupo social menor a fração do nosso ‘eu’ – arriscando aqui escrever -‘do nosso egoísmo’.
Qual será a fração que está lhe cabendo hoje? 1/10; 1/200; 1/600…?
Parece impossível um convívio sadio levando apenas em consideração tantas diferenças; somente pelo desejo de sermos melhores é que isso poderá se tornar realizável.