Quando realizamos algo para Deus é preciso tomar consciência de que tudo pertence a Ele. Por isso, não podemos fazer de qualquer jeito. Temos que dar o melhor de nós para Ele. Um simples projeto, se não o pensarmos grande e eficazmente, corremos o risco de que saia tudo errado.
Dou um exemplo: para construir uma casa paroquial, resolvemos fazer o projeto visando economizar. Ótimo, mas não podemos pensar em fazer campanha para ganhar o material sem planejarmos bem o que vamos pedir, pois, do contrário, correremos o risco de limpar o quintal de vários doadores, transferindo o entulho do seu quintal para o quintal da Igreja. Se somos operários de Deus, temos que ter a fé de adquirirmos o melhor para sua obra, realizando aquilo que Ele mesmo nos inspira a fazer.
Ao planejar fazer um evento onde não se tem a coragem de alugar ou ter um bom som, o que vai acontecer é que ninguém vai ouvir nada, e neste caso os gastos serão maiores, pois o povo fica insatisfeito e não ajuda nem mesmo na coleta.
Conto o que aconteceu comigo em Manaus, onde o Pe. Jonas foi pregar um retiro de fim de semana. Como sabemos, em Manaus, existe a Zona Franca, onde encontram-se equipamentos técnicos para vários ramos. Fui até lá para conhecer; porém, que calor! Para mim era insuportável. Cheguei, a uma certa altura, a passar mal, mas para minha surpresa, bem perto de mim, estava um templo protestante, com a porta de vidro cerrada e um anúncio de ar condicionado; então, suspirei e entrei. Fiquei por um tempo escutando o pastor pregar, enquanto me refrescava; pensei comigo: ali eu podia ser pescado.
Tenho que lhe dizer: não sou dono da verdade; na Canção Nova falta muita coisa: banheiros, piso e cadeiras no Rincão do Meu Senhor, para maior conforto do nosso povo, e muito mais. Mas, uma coisa é certa: na Canção Nova nós não paramos, porque queremos fazer o melhor para Deus. Outra coisa que tenho aprendido: Deus não precisa de esmola; no Seu Reino só existe uma lei:
o Dai e dar-se-vos-á. Neste tempo de Natal em que todos somos levados a fazer algo por alguém, o que você pensou em fazer? Seu dízimo como está? Seu pároco como está vivendo? Sua oferta no ofertório da Missa é a menor moeda do bolso?
Quando o Menino Deus vem a nós mais uma vez, reconheçamos que toda boa obra, embora árdua, vem de Deus. Por isso, não pode ser decepcionante, mas sempre realizante. Digo, nunca nos esqueçamos: Tudo é Dele. Aproveito para agradecer a sua doação generosa durante este ano, e, ao mesmo tempo, não posso deixar de pedir que você seja fiel, enviando para a Canção Nova a sua contribuição deste mês.
Deus lhe pague,
Feliz Natal!