Seu casamento não pode afundar

A dor de muitas mulheres é não ter um marido formado pelo Espírito Santo, confiante na Palavra, homem de oração, fiel a Deus. Talvez as situações que atravessam são tão difíceis, justamente por não terem um marido santo. É hora de empenhar-se, de lutar, sofrer, de orar com fervor. É tempo de resgatar seu lar, seu marido, seu casamento. Que São José a ajude e a faça semelhante a Maria.

Creio que para muitas mulheres falta esta entrega. Querem o esposo em Deus, mas o seguram… É certo que todo homem é bastante independente. A cabeça tem que ser independente! O coração é diferente, está preso dentro do tórax e bem defendido! Mas a cabeça tem que ficar fora, ser autônoma. O homem é a cabeça, a mulher, o coração. Cada um no seu lugar. Ciúme não resolve. Deixe seu marido livre para Deus. É a melhor maneira de garanti-lo para si.

Os homens precisam de coração. Graças a Deus, as mulheres, que são o coração, têm “batido” bem. Sim, felizmente são elas que têm sustentado tanto os homens, como as famílias. Mas é preciso que a cabeça esteja unida ao coração, desempenhando a função que lhe cabe.

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Este é o segredo para você, mulher: querer o seu marido cada vez mais santo. Para isso, pedir, rezar, suplicar, jejuar. Quanto mais ele for santo, mais ele será canal para você ser de Deus. O Pai não a quer santa, sozinha. Você precisa do seu marido e ele precisa de você. Deus quer marido e mulher caminhando juntos para a santidade.

Há dois tipos de caiaque: um é o individual, no qual uma pessoa sobe, segura os remos e vai remando… O outro é o caiaque duplo. Neste, não dá para ir sozinho: ele foi fabricado para duas pessoas. A distribuição de forças e de peso no caiaque é para duas pessoas e, sendo assim, não adianta apenas um esmerar-se no remo e deixar que o outro “se vire”.

No caiaque duplo, a sincronia dos remos é o mais importante. Não adianta um remar bem e o outro mal. Se um rema e o outro não rema, se um rema rápido e o outro rema devagar, o caiaque afunda. Este “jogo de forças” sem sincronia faz com que o caiaque vá para o fundo.

O matrimônio é um caiaque de dois. Se Deus chamou você para o matrimônio, não há outro jeito. É preciso remar em sincronia. É preciso que homem e mulher andem em sintonia. É preciso aprender. E, muitas vezes, vai ser preciso ensinar. Um ensina o outro. Mas é preciso que os dois aprendam. É o único jeito de levar em frente o caiaque do casamento.

Se você, mulher, já estiver mais adiante no processo da santificação, saiba que não adianta sair na frente, como na “Corrida de São Silvestre”. Sua vocação é andar no caiaque duplo. É ter sincronia, é ensinar o marido a remar junto.

Sua função é preparar seu companheiro, para que ele também aprenda e entre no ritmo. Você precisa começar com seu marido bem devagarzinho, treinando bastante, até que ele se habitue e vocês adquiram sincronismo.

No casamento, a santidade, o caminho para Deus é conquistado a dois.

Homens, é hora de deixar de covardia! Remem com suas mulheres, pois elas já remaram demais sozinhas. O barco afundou porque vocês, infelizmente, não tinham assumido suas responsabilidades.

Não basta dizer: “Minha esposa já vai à igreja, reza, comunga, conta os pecados dela e os meus para o padre. Eu já nem preciso me confessar”. Isto é desculpa! É preciso que você também assuma seu caminho de santidade. Não há outro jeito!

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Como padre, herdei de Deus um caiaque individual e preciso remar sozinho. Tenho uma comunidade, uma família, mas no meu caiaque preciso andar sozinho. É assim que Deus me quer. Quem é chamado ao matrimônio está num caiaque a dois e terá a sabedoria de lutar pelo sincronismo. José assumiu esta realidade em sua vida. Não há José sem Maria, e não há Maria sem José.

Homem, é preciso que você tenha Cristo como o seu Senhor, como sua cabeça! Mulher, sua responsabilidade é dupla: seu marido precisa ser sua cabeça e a cabeça do seu marido deve ser Cristo.

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Tenho muita habilidade com a Bíblia e, ao pegá-la, tenho a impressão de que, a minha mão está colada à minha Bíblia. Minha mão está submissa à Bíblia, está embaixo e, por este motivo, faço com ela o que quero. O fato de estar por baixo, apoiando a minha Bíblia, é que dá a minha mão a possibilidade de fazer com ela o que eu quero.

Mulher, seja submissa como a minha mão é submissa à Bíblia. Se eu puser minha mão em cima da Bíblia, vou acabar derrubando-a. Mas se a coloco submissa, debaixo, faço com ela o que eu quero. Aprenda e faça da sua “bíblia” o que Deus quer!

A submissão é o segredo para você fazer do seu marido aquilo que quiser, no Senhor. Por se colocar submissa, você, que é coração, conseguirá, educar seu marido, conduzi-lo, transformá-lo. Fazer dele um verdadeiro homem de Deus.

Ser submissa não é ser capacho, não é estar “por baixo”. Não tenha medo. O inimigo não quer que esta hierarquia aconteça e é por isso que ele semeia a discórdia entre os cônjuges. Ele quer que a mulher esteja na frente, suba na frente, saia na frente, mande, seja autoritária e diga: “Eu tenho direito, não posso ficar por baixo. Já sofri demais, fui ferida, tenho meu direito de ser feliz. Nossos direitos são iguais!”

São iguais, mas ela precisa ser submissa. O segredo é estar “sob a missão”.

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Senhor Jesus, creio que me deste a graça de amar minha esposa como Tu amaste a Igreja. Entrego-me inteiramente numa total disponibilidade, como Tu Te entregaste à Igreja. É assim que devo amar: entregando-me à minha esposa e à minha família até à morte, se for preciso, investindo no meu lar.

Entrego todas as minhas forças, tudo o que sou como homem. Porque esta é a graça que recebi.

Senhor, já entendi que não posso ser Maria, se meu esposo não for José. Entendi o que é ser submissa. Entendi o que é ser coração. Eu quero, Senhor. Dá-me a graça.

Amém!

Do livro Homem e mulher em sintonia da Editora Canção Nova