Quando lemos Santa Clara, temos, ao mesmo tempo, a sensação de encontrar algo muito antigo e jubilosamente novo. Porque ela diz o mesmo que foi dito por São Francisco, mas de uma maneira pessoal. Encontramos o mesmo Jesus Cristo Pobre e Crucificado, o mesmo Irmão, esposo, amigo.
E essa sua visão feminina chama a nossa atenção porque, neste final de século, todos, homens e mulheres, nos sentimos isolados pelo individualismo e pelo subjetivismo, somos ilha no meio do povo e da multidão.
Quando falamos em povo, não temos mais o calor humano da familiaridade, porque a palavra virou uma expressão fria da ideologia. Como é importante voltar a poder encontrar um povo família, em que nos sintamos alguém ! Por isso nos encantamos ao ouvir Clara falando em Jesus Cristo e em nossas mínimas realidades de uma forma humana, quente ,feminina.
Francisco encanta a humanidade por ser um homem que equilibrou o feminino e Clara por ser uma mulher que equilibrou o masculino. Assim como ele deu ternura ã força dos grandes homens, ela deu vigor a sabedoria das mulheres plenas.
São Francisco e Santa Clara, rogai a Deus por nós!