Foi ao partir do pão que os discípulos de Emaús reconheceram o Mestre. Esta é a rota, o barco a ser navegado, a solução imperiosa que nos desafia: o pão repartido, a solidariedade traduzida em obras, num serviço comunitário de entreajuda e participação.
Ser cristão é embutir o Evangelho no cotidiano das pequenas coisas, partilhando o que somos e o que temos, fazendo-nos ponte que une, vela que se consome iluminando à sua volta, mesa acolhedora, comunhão. Ombro amigo para os aflitos. Estrela benfeitora. Luz e oásis.
Tudo é tão maravilhoso e desconcertante nos arcanos do Coração de Jesus. Quem vive na periferia das coisas, dos fatos, encontra dificuldades para entender os abismos que lembram mistérios. Só os corações humildes, desprendidos e orantes conseguem jogar-se, generosamente, para dentro das riquezas deste Coração infinito, imenso como os oceanos, redentor da humanidade.
O Coração de Jesus, em sua essência trinitária, é Cristo por dentro. É o mestre da Galiléia a repetir-nos hoje e sempre; – ‘Eu amo você, meu filho, minha filha. Dê-me o seu coração em resposta ao meu amor.’
Fonte: Apostolado da Oração – 150 anos,
Roque Shneider, SJ