"Quero a misericórdia e não o sacrifício!"

Uma ordem que para se viver implica-se em dispor ao nosso sacrifício.

É abrir mão de tudo aquilo que aparentemente tínhamos razão e estender os braços da oportunidade, do carinho, do amar de novo!

Quantas experiências já não vivemos em que num momento, gostaríamos de colocar algumas pessoas como a vítima para o sacrifício. Não que fosse nosso Isaac, mas sim para nos livrarmos da sua presença.

É sabido que todos nós fomos objetos da misericórdia divina, por meio da atitude de entrega de Jesus. A cada dia somos sustentados pelas mãos do Pai e gosto de imaginar que a cada manhã, o próprio Deus me sopra as narinas me despertando novamente para vida, tenho consciência que não é pelo meu próprio merecimento, mas por sua infinita misericórdia.

Houve momentos em nossas vidas onde experimentamos a misericórdia das pessoas?
Digo que sim! Quantas vezes nossos pais embora tendo mil motivos para não nos acolher, não estender seus braços novamente a nós, para até não nos acreditar; quebrando todas as estatísticas matemáticas nos concederam a sua graça. Podemos nos lembrar daqueles tempos onde a gente se colocava no direito de não lhes dirigir a palavra, embora morando sob o mesmo teto e muitos outros…

Dentro da sua sabedoria eles sondavam o nosso coração, sabiam que não levaríamos a cabo nossas atitudes e que voltaríamos a ponderá-las.

Imagino que é sondando o nosso coração e sabendo de toda a nossa realidade, nossa luta e o desejo de mudanças que o Senhor não se contém em derramar sobre nós a cada dia a sua misericórdia. Porque nossos pais fizeram o mesmo para conosco. Eles sabiam e acreditavam na nossa mudança.

Ser misericordioso para com as pessoas é pensar como pais. É entrar no coração e considerar o estágio de vida que cada um esta vivendo, a sua maturidade em todos os aspectos, é considerar o seu momento. A beleza disso que não é preciso necessariamente ser pai para viver esta experiência, basta querer e desejar cumprir uma ordem expressa do céu. E nós podemos!