Quando o amor não é amor

Nossa idéia de amor é normalmente distorcida.

Como vivemos neste mundo material, é esta essência densa que nos move em geral.

A literatura, a televisão, o cinema, as músicas apontam sempre para um amor romântico, com seus rompantes impulsivos e seus desenrolar complexo levando, a maioria das vezes, a um final trágico ou a um simplificado “e foram felizes para sempre…”

O amor parece ser a nossa maior necessidade e também a maior dificuldade.

Em nome do amor pensa-se fazer muitas coisas. No entanto, ações que aparentam ser de amor podem estar sendo movidas apenas por amor próprio , por orgulho, por vaidade, pela dependência afetiva ou pela falta de sentido para viver , não pelo amor.

O amor é um sentimento livre de dependências e encargos.

O amor não aprisiona, liberta.

Não constrói dependências , ensina a viver com liberdade.

O amor é a nossa essência, por isso sentimos tanta necessidade de nos cercarmos dele.

Mas nem tudo que parece positivo e verdadeiro em nossas buscas e exercitações de amor constitui verdadeira caminhada no amor e para ao amor chegarmos.

Basta lembrar que Deus é Amor e que não há verdadeiro amor sem esta dimensão maior.

É claro que já é difícil amar as pessoas que vemos quanto mais a Deus que não vemos.

Entretanto, tudo acontece em paralelo e simultaneamente.

Somos convidados a amar as pessoas em nossas vidas com este amor maior que a fé nos inspira.

É claro que isto não é fácil, nem é incentivado no mundo em que vivemos, mas o resultado disso é que a todo momento a vida nos retira pessoas e coisas que amamos e se não tivermos um sentido maior para viver e uma concepção mais baseada na fé sofreremos com alguém que está ferido mortal e dolorosamente sem chances de vida e assim ficará sangrando até o seu último momento.

É claro que somos naturalmente egoístas, possessivos e medrosos, mas a nossa existência aqui não é para descobrirmos um caminho diferente para viver ? Ou será o nosso destino apenas penar ?!

Há sempre saída, o difícil é percebermos que ela deve começar de dentro de nós.

A realidade não se modificará, nós é que deveremos mudar para enxergar tudo naturalmente diferente.

Desta forma olhemos para a nossa forma de amar.

O amor nunca é em vão assim como nenhuma perda deverá nos fazer parar.

Nosso destino é amar e o termômetro que nos mostrará a forma do nosso amar será o gosto pela vida.

Quando se perde um amor às vezes se sente como tendo perdido a vida, é normal, à princípio, mas depois, para a vida continuar e para que se possa crescer , é preciso aprender com a vida e com seus diversos momentos…

Renunciar à morte, à segurança absoluta, para viver a VIDA!

Fonte: http://www.psicologiaefe