Perdoar e desculpar!

Seguir o Senhor de fato é encontrar, no perdoar com prontidão, um caminho de santidade. É muito possível que na convivência de todos os dias alguém nos ofenda, que se porte conosco de maneira pouco nobre, que nos prejudique. E isto, talvez, de forma habitual. ‘Até sete vezes hei de perdoar?’ Quer dizer: ‘hei de perdoar sempre?’. Conhecemos a resposta do Senhor a Pedro, e a nós: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’. É dizer sempre. Peçamos ao Senhor, que o seguimos, uma postura de perdão e de desculpas ilimitados. Aos seus, o Senhor lhes exige um coração grande. Quer que O imitemos. Nosso perdão tem de ser sincero, de coração, como Deus nos perdoa. ‘Perdoai nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos têm ofendido’. Perdão rápido, sem deixar que o rancor ou a separação corroam o coração nem por um momento. Sem humilhar a outra parte, sem adotar gestos teatrais. A maioria das vezes bastará um sorriso, uma devolutiva de conversa. Seguir o Senhor de fato é encontrar, no perdoar com prontidão, um caminho de santidade.

Há alguns casos que nos pode custar o perdão. Nos grandes ou pequenos. O Senhor o sabe e nos anima a recorrer a Ele, que nos explicará como este perdão sem limites, compatível com a defesa justa quando necessária, tem sua origem na humildade. Quando uma pessoa é sincera consigo mesma e com Deus, não é difícil que se reconheça como aquele servo que não tinha com que pagar. Não somente porque tudo o que é e tem se deve a Deus, mas também porque tem sido muitas as ofensas perdoadas. Só nos resta uma saída: buscar a misericórdia de Deus, para que faça conosco o que fez com aquele criado: compadecido daquele servo, o deixou livre e o perdoou a dívida. A humildade de reconhecer nossas muitas dívidas para com Deus nos ajudará a perdoar e a desculpar aos demais, que são pequenos em comparação com o que o Senhor nos tem perdoado!

A caridade encha o coração para que cabem nele todos os homens, inclusive aqueles que não compreendem ou não correspondem o nosso amor. Junto ao Senhor não nos sentiremos inimigos de ninguém. Junto a Ele, aprenderemos a não julgar as intenções íntimas das pessoas. Cometemos muitos erros porque não deixamos levar por juízos ou suspeitas temerárias, porque a soberba é como esses espelhos curvos que deforma a verdadeira realidade das coisas. Só quem é humilde é objetivo e capaz de compreender as faltas dos demais e a perdoar. A Virgem nos ensinará a perdoar e a lutar por adquirir as virtudes que, em ocasiões, nos possam parecer que faltam aos demais.

Fonte:
www.encuentra.com