A Igreja, hoje, celebra juntamente a memória de Pedro e Paulo. Encontraram-se definitivamente, em Roma, a “Pedra” e o “Instrumento” eleito. Ambos realizaram nesta cidade o seu ministério apostólico, selando-o com a efusão do sangue.
O misterioso itinerário de fé e de amor, que conduziu Pedro e Paulo da sua terra natal até Jerusalém, e depois a outras partes do mundo e, por fim, a Roma, constitui num certo sentido um modelo do caminho que cada cristão está chamado a percorrer, para testemunhar Cristo no mundo.
“Busco o Senhor e Ele responde-me, e livra-me de todos os meus temores” (Sl 34 [33], 5). Como não ver na experiência destes dois Santos, que hoje comemoramos, a realização destas palavras do Salmista?
A Igreja é continuamente posta à prova. A mensagem que ela recebe sempre dos santos Apóstolos Pedro e Paulo é clara e eloqüente: pela graça de Deus, em todas as circunstâncias o homem tem a possibilidade de se tornar sinal do poder vitorioso de Deus. Por isto ele não deve recear.
Quem confia em Deus, libertado de qualquer medo, experimenta a confortadora presença do Espírito também, e especialmente, nos momentos de prova e sofrimento. O testemunho de Pedro e de Paulo, selado com o sacrifício extremo da vida, recorda a esta Igreja a tarefa comprometedora de “presidir à caridade” (Inácio de Antioquia, Ep. ad Rom., 1, 1).
A profissão de fé feita por Pedro em Cesareia de Filipe, quando o Mestre perguntou aos discípulos: “E vós, quem dizeis que Eu sou?”, assume um valor e um significado totalmente singulares para nós. Seguindo o exemplo dos gloriosos Padroeiros de Roma e com o seu apoio constante, procuremos dizer em todos os momentos a Cristo: “Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo! (Mt 16,16). Tu és o nosso único Redentor”. O Redentor do mundo!