Os Estigmas

Padre Pio recebeu os estigmas invisíveis, numa manhã de setembro de 1915, quando se encontrava a rezar no jardim de sua casa, em Pietrelcina.

Só Dom Salvatori Panullo, o seu confessor, poderia ser preciso sobre esse assunto, mas a sua informação foi enviada para Roma, às autoridades da Santa Igreja.

Data desse dia a maravilhosa transfiguração do padre, como a de Cristo, seu modelo, no Monte Tabor.

A esta alma, num estado de graça tão perfeito, concedeu Deus um amor de predileção, como recompensa de tantos sofrimentos e dores sofridas em seu Nome e tão generosamente aceitas.

Deus tomou a natureza humana para sofrer por nós e entre nós. Do mesmo modo, o homem na pessoa do Padre Pio, terá imitado Cristo Divino.

O Capuchinho repetia muitas vezes a Oração de Renúncia total:

‘Pai, faça-se em mim a vossa vontade e não a minha’

Mas o fato sobrenatural mais importante é a aparição dos estigmas visíveis, que teve lugar em 20 de setembro de 1918 em San Giovanni Rotondo. Eis o relato que ele mesmo fez à Don Josephe Orlando, em maio de 1954:

‘Estava a fazer, a minha ação de graças, no coro. E aos poucos, comecei a sentir-me penetrado de uma doçura espiritual sempre crescente que me dava alegria em rezar e até digo mesmo, quanto mais rezava, mais a alegria aumentava. De repente, fiquei ofuscado por uma grande luz e no meio dessa onda de luz, apareceu-me Cristo com as suas Cinco Chagas. Não me disse nada… e desapareceu.

Quando retomei a consciência, estava estendido no solo, a sangrar muito. O sangue escorria das mãos, dos pés e do coração, e essas feridas me faziam doer tanto que não tinha força para me levantar. Arrastei-me, de joelhos, do coro até à minha cela, pelo comprido corredor. Os padres estavam todos fora do convento. Fui para cama e rezei para voltar a ver Jesus. Mas a seguir, voltei a mim, olhei para as minhas chagas e chorei, elevando a Deus, hinos de ação de graças e orações’.