Onde estão nossos idosos?

Todo ano a Igreja nos convida a reflexão de algum tema relacionado a uma necessidade de nossa sociedade. A campanha da fraternidade esse ano enfatizou a situação de nossos idosos com o Lema: Vida, Dignidade e Esperança. Qual o efeito que essa campanha causou em nosso coração? Será que mudamos nossa visão quanto a situação dos idosos em nosso pais? Será que houve atitudes práticas de nossa parte?

Vejo que ainda falta muito para podermos tratar nossos idosos como eles merecem. Só uma verdadeira conversão pode mudar nossa mentalidade. Outro dia vi uma cena que me deixou muito triste: uma senhora chegou na missa em uma paróquia querendo um lugar no banco do corredor central da Igreja. A pessoa que estava no banco toda irritada já foi logo tratando de expulsar a velhinha do banco onde ela ameaçava sentar. Tudo isso porque ela queria sentar no corredor, talvez pela dificuldade de se locomover durante a celebração. Muitos perceberam a situação e ficaram perplexos. Uma outra pessoa cedeu o lugar para aquela senhora.
Com isso observei que outros idosos estavam participando da missa em pé, enquanto que outras mais jovens estavam bem acomodadas em seus lugares. Nas Igrejas não existem assentos exclusivos para idosos, como nos ônibus, metros e outros lugares públicos. Pensava-se: isso talvez porque que não há necessidade disso diante de pessoas que estão ali para ouvir e viver o Evangelho. Será necessário também em nossas igrejas demarcar um lugar para os idosos? Acho que não. A necessidade é de conversão.

A Igreja Mãe sempre nos chama para uma conversão diária e concreta, porém somos tardos em acolher seus propósitos. As campanhas da Fraternidade são também um chamado de Deus para uma mudança concreta. Qualquer que seja a proposta de conversão que Deus te chama hoje, acolha-a e viva com intensidade. Não me esqueço de um dos lemas dos grupos de escotismo: Fazer a boa ação do Dia. Quem sabe podemos até mudar um pouco: Viver a conversão do dia.
Conversão não é de uma hora para outra, mas pouco a pouco, para isso é preciso vivê-la assim: Por hoje eu vou me converter.

Rogéria Cabral
Comunidade Canção Nova
Casa de missão de Vitória da Conquista/ BA