O rádio, um amigo!

Entre as expressões que conheço, usadas para descrever o rádio, prefiro esta, pois é assim que o vejo: “O rádio, um amigo!”

Amigo, porque está sempre presente em qualquer lugar que vou ou estou; amigo, porque está sempre trazendo o melhor para mim, me deixa informada, me distrai, me consola, me faz sorrir ou chorar, me faz companhia e me faz ver que a vida não pára em mim mesma.

O amigo tem o dom de se colocar sempre no lugar do outro e em muitas, e importantes situações, pensar mais no outro do que em si. É próprio do amigo também, separar aquilo que constrói, percebendo exatamente que, com palavras e atitudes, pode-se educar, formar e construir quem se coloca em suas mãos, por acaso ou por vontade própria. O amigo se compromete, se sente responsável pelo outro! O rádio para mim possui estes e outros importantes requisitos, que me levam a chamá-lo de amigo.

Na minha experiência como locutora, na relação que estabeleço com meu ouvinte, aos poucos vou percebendo que ele é mais do que ouvinte, é amigo, pois faz parte da minha vida e eu também, mesmo sem perceber, faço parte da vida dele.

Neste dia da radiodifusão, há muito que se comemorar. Com todas as crises que o rádio já enfrentou até hoje, ele jamais deixou de ser o meio de comunicação mais popular, aquele que todos têm condições de possuir e participar. Sou declaradamente apaixonada pelo rádio! Quando mergulho em sua história, suas origens, seus objetivos me encanto ainda mais. Talvez, até seja novidade para você: o rádio foi inventado por um corajoso e ilustre brasileiro. O Padre Landell de Moura, porto-alegrense, filho de comerciantes, que desde cedo, sentiu-se chamado ao sacerdócio e à ciência. Após concluir seus estudos de Direito Canônico, Física e Química em Roma, o então, Padre e cientista Landell de Moura, volta ao Brasil e declara: “Quero provar ao mundo que a Igreja não é inimiga da ciência e do progresso.” E, a partir daí, começaram seus inventos, que deram origem a nosso amigo rádio. Segundo a História, o rádio nasceu em São Paulo, no ano 1893 e sua primeira transmissão, ocorreu numa distância de 8 km, ligando a Avenida Paulista ao Alto de Santana, na capital Paulista.

Hoje, tantos anos depois, o rádio continua sendo um mistério, mesmo em partes desvendado para mim, ele sempre tem algo a ser descoberto.

Expresso minha admiração por este valioso meio de comunicação fazendo minhas as palavras do Papa Pio XII, dirigidas a 1.300 radialistas italianos durante visita ao Vaticano: “Pelo grau de aperfeiçoamento a que chegou, o rádio é uma obra-prima do espírito inventivo do homem, uma maravilha da técnica um prodígio da criação artística.”