O que nos resta é o amor

Se eu aprender inglês, francês, espanhol,
Alemão e chinês e dezenas de outros idiomas,
Mas não souber me comunicar como pessoa,
De nada valem todas as minhas palavras.

Se eu concluir um curso superior, andar de anel no dedo
E freqüentar cursos e mais cursos de atualização,
Mas viver distante dos problemas do povo,
Minha cultura não passa de uma erudição.

Se eu morar numa cidade do interior
Mas desconhecer os sofrimentos de minha região,
E fugir para as férias na América e na Europa
E nada fizer pela promoção do homem, não sou cristão.

Se eu possuir a melhor casa da minha rua,
A roupa mais avançada do momento e os sapatos da onda,
E não me lembrar que sou responsável por aqueles
Que moram na minha cidade,
Andam de pé no chão e se cobrem de sujos mulambos,
Sou apenas um manequim colorido.

Se eu passar os fins de semana em festas,
Boates, farras e programas,
Sem ver a fome, o desemprego, o analfabetismo e a doença,
Sem escutar o grito abafado do povo que se arrasta
À margem da história, não sirvo para nada.

O cristão não foge dos desafios de sua época.
Não fica de braços cruzados, de boca fechada, de cabeça vazia.
Não tolera a injustiça nem as desigualdades gritantes do nosso mundo.
Luta pela verdade e pela justiça com as armas do amor.

O cristão não desanima, nem desespera
Diante das derrotas e das dificuldades,
Porque sabe que a única coisa que vai sobrar de tudo isso é AMOR.