O Primeiro Convertido

Nada mais propício que, neste mês direcionado às vocações, refletirmos a vida daquele que é considerado o “pai da fé, pai dos que crêem…”

Na história, sua origem é datada por volta do ano 1.800 a.C. Nasceu num clã de nômades, passando de Ur, na Caldéia (o atual Iraque), para viver na rota de mercadores que iam para Harran. E depois mudou-se para Canaã.

Rico em rebanhos, em prata e ouro. Foi chamado com 75 anos.

Falo do vocacionado Abrão, que por motivo da Aliança de Deus com ele e sua descendência e pertença a Deus passou a chamar Abraão, o ”símbolo vivo da nossa caminhada rumo a Deus”. (Gn 17, 5) Deixando o pecado do adultério que cometera com sua serva Hagar, a qual lhe deu um filho: Ismael. Sendo assim ”o primeiro convertido” relatado pela sagrada escritura no livro de Gênesis.

Uma aliança muito significativa e marcante; uma marca na carne. Pois para aquela cultura e época referia a uma circuncisão no órgão genital. Para eles um sinal de pertença ao povo eleito. Assim como no Novo Testamento, confira: Lc 2,21; Rm 2,25.

Vale também lembrar dos profetas que pediram a circuncisão do coração, veja: Dt 10,16; Jr 4, 4. O apelo incessante e apaixonado de nosso Deus para nossa conversão.

Uma vocação tardia, mas excepcional por sua coragem. Sabedoria de vida, impressionante disponibilidade e confiança a Deus.

Se achava velho demais: “Abraão se lançou, face em terra, e riu; ele disse a si mesmo: “Nascerá um filho a um homem de cem anos?”…”(Gn 17, 17) Referia-se à promessa do Senhor de ter um filho chamado Isaac.

Essa fecundidade e paternidade dada por Deus a Abraão, que conferimos no livro de Gênesis 17, está intimamente ligada a seu próprio nome: Abraão, ou Abrahim que quer dizer o Pai ama. Um nome que traz consigo uma linda face de Deus: um Deus Pai.

Resta apenas eu dizer do quanto Deus hoje quer nos expressar deste Amor. Afim de que o “prepúcio” que envolve nosso “coração” e nos impede de amarmos, mudarmos de vida, caia e seja “cortado fora”. Pois nosso Deus é um Deus próximo. Que vem à nossa individualidade, medo, covardia e tantas realidades, para plantar em nossa sensibilidade e razão o imenso desejo de “Aliança”. E a partir da nossa fidelidade atingir todos os nossos.

“Eu serei Deus para eles.” (Gn 17, 8b)

Senhor, eu permito. Abro-me à Graça! Vem ser Deus na minha vida e na vida dos meus irmãos. E só no teu Espírito Santo que a conversão diária se firmará em minha vida.