O eterno repousa na fidelidade de cada dia

Há momentos em nossa vida que nos defrontamos com decisões que, para a nossa razão, seriam impossíveis de serem cumpridas.

Muitas pessoas, neste exato momento, estão celebrando aniversário de vida
conjugal, de vida celibatária, de sacerdócio, etc… Foram pessoas que
assumiram um compromisso de fidelidade eterna para com Deus diante da
sociedade a qual pertencem. Outras estão se preparando ou vivendo a dimensão
desse compromisso.

Como poderíamos mensurar o eterno se a nossa percepção de tempo está
compreendida dentro de um calendário de 365 dias, um relógio de 60 minutos e
um dia de 24 horas montado e definido por homens?

A idéia do compromisso eterno nos provoca um calafrio, pois, reconhecemos
que na nossa limitação humana, mal poderíamos honrar, nem por momentos,
nossos votos de fidelidade à uma pessoa ou instituição, para com Aquele que
por natureza é incomensurável.

Por esta razão, aqueles que celebram seus aniversários se surpreendem com os
anos de vida compromissada.

Podemos perceber que tal feito somente é possível para aqueles não miram as
coisas que se vêem, mas sim as coisas que não se vêem. Pois “as coisas
que se vêem são temporais e as que não se vêem são eternas” (cf. II Cor 4,
18).

É a fidelidade de cada dia – renovada no compromisso – que nos capacitará a
viver o nosso “para sempre”.

Deus abençoe sua casa,