Nossos Gestos de Amor Refletem o Amor de Deus

Precisamos tomar com amor as responsabilidades que nos são dadas, desde as menores até aquelas que são as maiores. É preciso usar dos meios mais simples desde os afazeres domésticos até as atividades mais complexas para permitir que o Senhor, na sua Divina Providência, nos forme, nos instrua, nos talhe, nos modele conforme Ele quer.

Este trabalho nos forma no amor, doação, carinho, simplicidade. Através dele o outro sentirá a acolhida de Deus. É nele que se manifesta o gesto de carinho de Deus. É fazendo-os que cada um de nós será os gestos de Deus. Tudo aquilo que fazemos tem que ter sabor, pois tudo deve ser preparado para o outro com a finalidade de mantê-lo, de manifestar a acolhida, a presença de Deus para ele.

Acolhendo cada situação da nossa vida estaremos, neste momento, sendo os membros de Deus que age. A formação pessoal e espiritual se dá no momento de cada dia. Ela cresce no assumir o que somos em gestos. Está ai a importância do que fazemos nos trabalhos que somos chamados a fazer.

Antes de anunciar a Boa Nova com os lábios somos chamados a ser Boa Nova para o outro. Foi isto que o povo via na primeira comunidade cristã de Jerusalém: “Vede como se amam, como vivem a fraternidade, a caridade, a ajuda, como estão transformados”. Os gestos deles tocaram os que os observavam e passaram por lá. Sua casa precisa ser assim: um oásis para todos os que ai vivem e os que ai vierem. Ser de Deus é isto: tornar novos, através do Espírito Santo que move os nossos atos, todas as coisas, ambientes, natureza, retiro para descanso e reencontro com Deus e consigo mesmo. Seremos mais eficazes e estaremos cumprindo nosso chamado se cada um se coloca por inteiro no que é a essência de coração: a pobreza, a simplicidade, o amor em gestos concretos.

O caminho pessoal e espiritual de cada um deve refletir-se no que se faz. Somos o que fazemos. Nossos atos refletem nosso ser. A partir do momento que você se lança deve perceber que novas forças surge de dentro. Os gestos são a pá que retira o tesouro para fora. Quanto mais você age mais cresce o que você é, toma corpo as suas características, as suas formas de homem e mulher de Deus.

Toda atitude de Jesus testemunhou o que Ele era – verificou-se em cada gesto seu. Vemos que cumpria plenamente a Palavra, por isso Ele é o verbo encarnado, o verdadeiro Homem, que não teve medo de assumir sua realidade e viver intensamente o ambiente formador que Deus lhe colocou: ser filho do carpinteiro José de Nazaré e não do rei de Belém de Judá.

Jesus não teve medo de começar por baixo, mas sabia de fundo que é na pequena coisa que cresce e se forma um Homem e uma Mulher de Deus.

Deus nos confiará o muito se formos fiéis e nos dedicarmos no pouco.