Nosso Deus é o Deus do impossível!

Quero partilhar com vocês um pouquinho da minha história: Com 12 anos comecei a praticar uma arte marcial que se chama TAEKWONDO que, na tradução significa ‘o caminho dos pés e das mãos’, ou, ‘a arte dos homens voadores’; que pouco depois veio a se tornar um esporte olímpico. Durante 10 anos conquistei muitos títulos: fui, por 8 vezes, Campeã Paranaense; 4 vezes, Campeã Brasileira; 4 vezes, Campeã da Copa Brasil; Campeã Sul-Americana e ainda, a atleta melhor colocada para participar das Olimpíadas de Sidney, na Austrália, além de mais alguns outros títulos, dos quais não me recordo agora… Tinha tudo lá fora, respeito, prestígio, muitos amigos e tantas outras coisas que o mundo oferece e que o esporte proporciona, mas nada disso me completava….

Por 5 anos fiz parte da Seleção Brasileira, onde aprendi muita coisa, viajei muito, namorei muito e conheci muitos países. Devido ao meu excesso de compromissos, treinamentos, competições e aulas, eu era como a maioria das pessoas que não conhecem a Deus: tinha tempo para muitas coisas, menos para Ele, que é o essencial. Sonhava em participar das grandes competições, ganhar muitas medalhas, ser reconhecida por toda a nação como uma grande atleta, ser a melhor. Mas, como diz a música ‘andei por tantos lugares, e vi muita gente por aí… com tantos sentimentos até me perdi…’, chegou o dia em que dei uma verdadeira topada com Deus; ali Ele estava me fisgando para sempre! Era uma tarde de louvor em minha cidade, Londrina-PR e, quem estava lá? Pe. Jonas Abib!

Foi um dia maravilhoso, onde Deus usou desse Padre, de olhinhos azuis e de cabelos brancos, para me pegar. Era o meu primeiro contato com a Canção Nova e, depois de muito tempo, a partir daí, comecei a rezar e a participar da Santa Missa, o que há tempos não fazia, a não ser se minha mãe me obrigasse, pois ela dizia que, se eu não fosse, ela também não me deixaria sair para as noitadas com os meus amigos e, nem treinar durante a semana. Por obrigação, então, eu ia, mas ficava no último banco da Igreja e, na maioria das vezes, nem comungava, na verdade acho que eu nem ouvia o que o Padre dizia durante as celebrações; o que importava era o fato de que eu iria poder sair com meus amigos. Muitas foram as vezes que eles me buscavam na porta da Igreja para ‘curtirmos’ na noite. No dia seguinte, quando eu chegava em casa, aquele imenso vazio me tomava, nada me completava!

Foi então que comecei a participar dos grupos de oração na Canção Nova de Londrina e, aos poucos a minha vida foi tomando novo rumo, os quais eu nem sabia aonde iria chegar. A cada dia Deus me moldava uma nova mulher, os conceitos que eu tinha, foram mudando; a busca e a necessidade de Deus em minha vida foram ficando cada dia maiores e, tudo o que era muito importante para mim, foi perdendo o valor, e, o desejo de ser de Deus foi ficando cada vez mais intenso.

Caí muitas vezes, mas nunca tive vergonha de sacudir a poeira, de começar tudo de novo e, com muita paciência, Deus me esperou. Foi quando, durante os Jogos Sul-Americanos do Equador, senti que Ele me chamava a deixar tudo para seguí-lo e, com muito medo fiz de conta que não havia entendido. Mas com jeito, o Pai foi me convencendo a ir atrás Dele. Então, no dia 2 de dezembro de 1998, fiz meu último treinamento e, no mesmo dia, comecei a fazer o discernimento vocacional na Comunidade Canção Nova, parei de lutar contra minha vocação, comecei uma caminhada na Igreja participando do grupo de jovens da minha paróquia, onde muitas pessoas me ajudaram a buscar a santidade. Comecei a trabalhar em uma empresa de componentes eletrônicos onde, graças a Deus, direcionei muitos jovens para o caminho de Deus e, em julho de 2001, entrei como pré-noviça da Comunidade Canção Nova, onde estou vivendo intensamente o chamado à salvação das almas.