Matei uma barata

Na semana passada, finalmente, consegui matar uma barata, o que me levou a refletir:
Nossa! Que progresso! Venci o medo! Que sensação de vitória…
Eu poderia ter deixado que ela escapasse. Mas, não. Eu enfrentei o meu medo e a matei. Confesso que a primeira chinelada foi meio fraca, pegou de raspão, então, a barata começou a sua fuga. Como ela já tinha sido atingida, caminhava meio devagar e a alcancei.

Diante do mal, muitas vezes, nós vivemos situações semelhantes.
Sentimos nossas forças enfraquecerem-se quando nos defrontamos com a nossa fragilidade, como diz São Paulo, com “o nosso espinho na carne”. Mas, a nossa certeza de que “aquilo” é um mal que poderá nos levar a cometer um pecado, nos impulsiona a exterminá-lo.

Temos duas opções:
.: sermos covardes, com medo e cedermos ao mal;
.: sermos corajosos, vencendo o perigo, vencendo o mal.

Muitas vezes também, esperamos que o outro vença o mal por nós. Lembro-me que raras vezes matei uma barata. Quando era solteira, meus irmãos ou minha mãe a matavam, e depois de casada, sempre chamo o Vinícius, meu esposo, para exterminá-la. Mas, nesse dia, ele estava viajando e eu me vi sozinha diante daquele inseto asqueroso.

Geralmente, os nossos traumas, as nossas feridas neutralizam o nosso agir.
Certo dia, quando eu era adolescente, estava limpando a casa e ao fechar a cortina da sala, voou sobre mim uma barata e senti em meu braço o seu contato grudento. Desde então, tenho mantido distância desse inseto tão indesejável.

Desse meu ato de coragem, tiro uma lição para minha vida: os meus traumas, as minhas feridas, o meu medo e os meus limites não são motivos para que o mal vença em minha vida.

Desejo que você também tenha coragem de vencer o mal.

Deus abençoe você.