Liberdade

Escravidão por escravidão – sim, de todos os modos, temos de servir, pois, admitindo-a ou não, essa é a condição humana -, nada há melhor que, por Amor, ser escravos de Deus. Porque nesse momento perdemos a condição de escravos, para converter-nos em amigos, filhos. E aqui se manifesta a diferença: defrontamos as honestas ocupações do mundo com a mesma paixão, com o mesmo afim que os demais, mas com paz no fundo da alma; com alegria e serenidade, também nas contradições: que não depositamos nossa confiança no que passa, mas no que permanece para sempre: não somos filhos da escravidão, mas sim da liberdade.

De onde vem esta liberdade? De Cristo, Nosso Senhor. Esta é a liberdade com que Ele nos redimiu. Por isso ensina: se o Filho lhes alcança a liberdade, sereis verdadeiramente livres. Os cristãos não têm que pedir emprestado a ninguém o verdadeiro sentido desse dom, porque a única liberdade que salva o homem é cristã.

Tenho gosto em falar da aventura da liberdade, porque assim se desenvolve vossa vida e a minha. Livremente – como filhos, insisto, e não como escravos -, seguimos o caminho que o Senhor tem assinalado para cada um de nós. Saboreamos esta liberdade de movimentos como um carinho de Deus.

Livremente, sem coação alguma, decido-me por Deus. E me comprometo a servir, a converter minha existência em uma entrega aos demais, por amor a meu Senhor Jesus. Esta liberdade me anima a clamar que nada, na terra, me separará do Amor de Cristo.