Irmã Lúcia:

Um ano após a morte da Irmã Lúcia (13 de fevereiro de 2005) “cresce a fama de santidade desta vidente de Fátima” – confidenciou à Agência Ecclesia o Padre Luis Kondor, vice-postulador para a causa da canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto. E acrescenta: “recentemente recebi um embrulho com cartas – pesava 17 quilos – onde se pedia a beatificação da Irmã Lúcia”.

Cumprido este desejo da Irmã Lúcia, a translação para o Santuário de Fátima tem o acordo das Dioceses de Leiria-Fátima e de Coimbra, foi aceite pela Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos e autorizada pela Câmara Municipal de Ourém em 17 de Outubro do ano 2000, de acordo com o decreto lei que permite a “sepultura em locais especiais” “a pessoas de determinada categoria”.

Por diversas vezes a Irmã tinha manifestado o desejo de ficar sepultada junto de Francisco e Jacinta. “(…) agradecendo a Deus e Nossa Senhora mais esta graça de que queiram Eles, levar-me a dormir o meu último sono sobre a terra, no Seu Santuário a Seus pés. Por tudo o meu hino de ação de graças”, escreveu a Irmã Lúcia ao Reitor do Santuário em 03 de Fevereiro de 1994.


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O Código Direito Canônico estabelece que são necessários 5 anos para a abertura de um processo de canonização por isso “temos de ter calma” – realça. No próximo dia 19 de fevereiro será a transladação do corpo da Irmã Lúcia do Carmelo de Coimbra para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Depois “se os bispos entenderem pede-se a dispensa para abrir o processo” como aconteceu nos casos de João Paulo II e Madre Teresa de Calcutá, – disse o Pe. Luis Kondor. Para que este desejo de muitas comunidades se concretize existe já pontos favoráveis.

“O livro da Irmã Lúcia – «Os Apelos da Mensagem de Fátima» – teve a aprovação da Congregação da Doutrina da Fé. O livro foi editado também no Vaticano e está espalhado em muitas línguas. Quando começar o processo esta aprovação terá muito valor” – sublinhou.

Em relação à obra «Memórias da Irmã Lúcia», está publicada em 18 línguas. Em Roma “estão fazendo a tradução para a Coréia e estão também imprimindo para a língua ucraniana”. Os católicos da Ucrânia que “trabalham em Portugal poderão ter o livro na sua própria língua” – esclareceu o Padre Luis Kondor.

Fontes: Agência Ecclesia
Santuário de Fátima