Santo Estêvão foi o primeiro mártir da história do cristianismo. Era judeu da diáspora e morava em Jerusalém. Fazia parte dos sete diáconos que haviam sido encarregados pelos Apóstolos de assistirem os necessitados da comunidade (Atos 6,1-6). O seu martírio assinala a ruptura entre cristianismo e judaísmo.
Santo Estêvão foi acusado pelos judeus da diáspora de subverter as leis e os costumes, de criticar as instituições e as estruturas consideradas sagradas – o Templo. Num longo discurso, Santo Estêvão resumiu a história de Israel, mostrando aos adversários em que consistiu o projeto de Deus: Deus quer um povo em contínua marcha histórica em direção à vida plena, e não um estado preso por um aparelho que explora, oprime e paralisa o povo.
Por outro lado, Deus não está localizado e fechado num templo, nem é manipulado como ídolo para legitimar uma ordem social injusta. Deus está presente na vida e na história, caminhando com o povo (a Tenda).
Oremos: Deus, nosso Pai, Santo Estêvão escolheu o caminho da liberdade corajosa e da fidelidade do Espírito. Dai-nos, pois, o discernimento do Espírito, para que cumpramos o vosso projeto de amor, sem falsificar e deturpar o vosco Evangelho.
Não recaiam sobre nós as suas graves palavras: Homens teimosos, insensíveis e fechados à vontade de Deus! Vocês sempre resistiram ao Espírito Santo. Vocês são como foram seus pais! A qual dos profetas os pais de vocês não perseguiram? Eles mataram aqueles que anunciavam a vinda do Justo, do qual agora vocês se tornaram traidores e assassinos. Vocês receberam a Lei, promulgada através dos anjos, e não a observaram (Atos 7,51).