Escondidos atrás do silêncio

Infelizmente, hoje, muitos inocentes são obrigados a se esconder atrás do silêncio, a sofrer calados a dor de serem agredidos ora pela violência doméstica ora pela pedofilia, crimes que precisam ser denunciados; enquanto os responsáveis devem ser punidos e recuperados para o convívio social.

Constantemente, a mídia estampa cenas a que nenhum cidadão do bem gostaria de assistir. Trata-se das imagens de crianças agredidas com hematomas físicos e psicológicos. São inocentes violentados pelo medo, pelo desequilíbrio de adultos que talvez, também um dia quando crianças, foram vítimas dos mesmos problemas.
Sabe-se que os ferimentos e as marcas externas desaparecem com o tempo, mas os psicológicos são muito mais difíceis de ser superados.

Para muitos telespectadores a revolta é inevitável, pois, trata-se de vidas. Pior é quando os menores, além de agredidos, são abusados sexualmente, o que caracteriza a prática da pedofilia. Porém, mais cruel ainda é que muitos inocentes são exterminados, sequer sem o direito de gritar: “SOCORRO!”

De onde vem tanta violência para com as crianças?

Nunca se viu tantas notícias trágicas envolvendo crianças. Por um lado, isso retrata a covardia do homem, que não tem coragem de assumir seus distúrbios, porque se acha autosuficiente, é egoísta, pensa exclusivamente em satisfazer os seus prazeres, ainda que seja à custa de inocentes. Por outro, revela como a humanidade está se deixando dominar pelo mal, vivendo o descontrole emocional, a ponto de conseguir agredir uma criança na maioria das vezes indefesa, incapaz de gritar, porque ainda nem fala ou porque já fala, mas não com a boca, por isso não é entendida e não consegue sair da escravidão de ser usada simplesmente.

Atitudes de agressão e abuso infantis estampam ainda a soma de fatores que contribuem para o descontrole emocional: desemprego, fome, vícios, sofrimento, ignorância, traumas, distúrbios psicológicos, influência negativa da TV através de programas que incentivam a violência.

Certamente, muitos questionamentos nos incomodam e nos impulsionam à reflexão de alternativas para inibir os crimes praticados contra os nossos pequenos. Como sociedade, precisamos nos unir: família, escola, Igreja e governo na promoção de campanhas de conscientização acerca desses problemas. É preciso que ocorram mais denúncias, especialmente porque a nossa omissão contribui para o crescimento do problema; nós pais precisamos nos precaver contra os riscos que a internet oferece e também estar mais atentos aos nossos filhos menores, saber de fato a quem estamos confiando à vida deles; talvez o perigo esteja mais próximo de nós do que imaginemos.

Temos visto casos de agressão e mesmo de abuso praticados por pessoas muito próximas das famílias vítimas desses problemas. E muito mais que tudo isso, precisamos testemunhar o grande e maior mandamento que Jesus nos ensinou: o AMOR, que cuida, perdoa, protege, investe tempo, ouve, observa comportamentos, ajuda e intercede. O Amor é a fórmula mágica que o mundo está aguardando para ter acesso à felicidade. O grande engano é que o procuram nas coisas, nos prazeres, enquanto ele se encontra no sorriso inocente de uma criança, na flor que desabrocha em mais um dia que amanhece, em mais uma batida do coração que nos avisa que ainda há tempo para mudar, para construirmos um mundo melhor a partir das nossas crianças, que têm o direito de viver, de ser felizes e respeitadas.