Era uma vez um barbeiro incrédulo

Eis que estou à porta e bato. Quem ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo‘ (Ap 3,20).

Era uma vez um homem que foi ao barbeiro. Enquanto tinha seus cabelos cortados, conversava com o profissional das tesouras, falando da vida e de Deus. Daí a pouco o barbeiro, incrédulo, não agüentou e falou:

— Deixa disso, meu caro, Deus não existe!
— Por quê? — questionou o cliente.
— Ora, se Deus existisse não haveria tantos miseráveis, tanta gente passando fome. Olhe à sua volta e veja quanta tristeza. É só andar pelas ruas e enxergar!
— Bem, esta é a sua maneira de pensar, não é?
— Sim, claro! finaliza o barbeiro.

O freguês pagou o corte e já estava saindo quando avistou um maltrapilho imundo com cabelos longos e feios, barba desgrenhada e suja abaixo do pescoço. Não agüentou. Deu meia volta e interpelou o barbeiro:
— Sabe de uma coisa, não acredito em barbeiros!
— Como? — respondeu assustado o homem.
— Sim, se existissem barbeiros não haveria pessoas de cabelos e barbas compridas!
— Ora — explica o barbeiro — se existem tais pessoas é porque evidentemente não vêm a mim!
— Que bom, senhor barbeiro… agora o senhor entendeu.

Esta pequena história nos faz refletir que, muitas vezes culpamos a Deus pelos acontecimentos do mundo e esquecemos que não estamos fazendo a nossa parte.
Dessa forma, contribuímos para que tudo continue do jeito que está: com injustiças, desigualdades, violência, corrupções, destruição da natureza, miséria, fome, etc.

Neste ano, teremos novas oportunidades de colaborar com o futuro de nosso país. Além de participar das eleições em diversas instâncias, ainda teremos a oportunidade de votar no plebiscito contra a entrada do Brasil na Alca (Área de Livre Comércio das Américas) e de participar do Mutirão Nacional para a Superação da Miséria e da Fome.

Temos livre arbítrio, ou seja, capacidade de escolher nossos atos e tomar decisões certas ou erradas. Deus quis assim para que pudéssemos desfrutar a liberdade de nossas decisões. Caso contrário, seríamos robôs, marionetes, bonecos e, com certeza, nós o estaríamos culpando por isso também. E não poderia ser diferente!

A vida com Deus é um presente Dele recebido e deve ser aceito como todo e qualquer presente. Não pode ser por imposição, obrigação, coerção. Apesar de ser difícil para todos, é preciso dar o primeiro passo, pois, se é um presente, precisamos ir recebê-lo o mais rápido possível…