Educar para a paz

“Um compromisso sempre atual: educar para a paz”

Feliz 2004! Que esse ano possa ser cheio de muita paz, amor e esperança!
Provavelmente, no momento da virada, você escutou algumas dessas palavras. Acredito que a saudação: “muita paz”; ou algo relacionado a um voto de paz deva ter prevalecido entre os cumprimentos e orações que muitos fizeram e receberam, votos esses que, com certeza, partiram de corações sinceros.

Para atingirmos a paz é necessário fazer a cada dia um compromisso de nos educar para isso e, também deixarmo-nos ser educados. Essa educação não deve ser de maneira ilusória, mas sim formadora, para que as pessoas passem a ter essa consciência dentro de seus corações. É muito interessante ouvir alguém falar de paz, ou querê-la, mas sem dar testemunho dela. Quando a pessoa é ofendida, ou até mesmo agredida, ela tem a primeira oportunidade de demonstrar uma atitude de paz, mas age de maneira contrária, instintiva, mais selvagem do que racional. A paz é um dever de todo e qualquer cidadão, mas, principalmente de todo cristão.

Hoje vemos tanta violência, tantas guerras, atentados; até mesmo dentro de nossas cidades presenciamos assassinatos e chacinas – acabando por se tornar atitudes “normais” – que vamos até nos acostumando e, esquecemos que a paz deve sempre reinar. É necessário desejar a harmonia, como uma grande família, pois se existir resistência entre você e seu vizinho, ou a pessoa que está ao seu lado, isso está errado. Devemos construir, em conjunto, caminhos que nos conduzam à paz, por isso torna-se necessário essa educação. Ela deve se dar também na prática, no amor recíproco e não somente na teoria, ou em tratados de paz.

Para nós cristãos, proclamar a paz é anunciar Cristo, anunciar o Evangelho, o qual nos passa atitudes morais e virtudes que nunca estarão fora de moda. Temos que fazer surgir uma nova geração, em que o amor prevaleça, pois só com isso é que será possível atingir a paz. Esse amor deve ser igual ao que nos diz São Paulo na primeira carta aos Coríntios, capítulo 13: um amor que tudo suporta, que não visa bem comum, que pensa no irmão antes de si mesmo. Somente quando tivermos a capacidade de viver esse amor e de educar as pessoas para vivê-lo, é que vamos dar passos seguros e concretos em busca da paz, ela, que “é tão sonhada, cantada em canções tão lindas” – genuína e duradoura.