Do fracasso ao êxito em 24 horas

Em apenas 24 horas, Simão Pedro experimentou tanto a desilusão como o triunfo. Durante toda uma noite sofreu a amarga decepção de não pescar nenhum peixe no Mar de Tiberíades, porém, na manhã seguinte, fez a maior pesca que jamais imaginaria. O que foi que ele fez para alcançar esse êxito, se era o mesmo pescador, no mesmo barco, com as mesmas redes e, mais ainda, no mesmo mar?

Esse tema é dedicado àqueles que, como Simão, fracassaram em algum aspecto ou momento da vida, porém desejam aprender com seus erros. Vamos descobrir, em pouco tempo, o que o pescador de Cafarnaum levou 24 horas para assimilar.

O aprendizado tem três etapas:
– Identificar os erros que conduzem ao fracasso
– Aproveitar os equívocos para transforma-los em escola de aprendizado
– Mudar a mentalidade e estratégia para obter diferentes resultados.

A Palavra de Deus nos revela como fazê-lo. (Leia Lc 5,1-11)
Se aprendermos o ensinamento que esta passagem encerra, poderemos mudar nossa atitude diante daquilo que chamamos fracasso, pois veremos como o barco que naufragou no mar das desilusões pode se tornar a melhor escola para alcançar o porto da superação.

Esse curto tempo vale ouro, porque nos oferece um salto quantitativo, uma vez que não se limitará em apresentar técnicas ou receitas mágicas para conseguir um êxito material que poderia ser passageiro, mas como obter uma mentalidade de vencedor que tira vantagem até mesmo das enfermidades, inimizades e adversidades da vida. Será como uma escola para superar os obstáculos e não dar murros em ponta de faca. […]

Simão e seus companheiros tinham remado toda a noite, tentando pescar no mar de Tiberíades. Ao amanhecer, desceram dos barcos, tristes decepcionados e lavavam as redes. É curioso que não só Simão, mas todo o grupo de pescadores estava desanimado e não queria saber mais nada de pesca. Naquele dia o pessimismo e o sentimento de derrota foram contagiosos e se espalharam como praga entre os que os rodeavam.

Descer do barco e lavar as redes significa dar-se por vencido; deixar de lutar, porque já nada se pode fazer; perder interesse no que se está fazendo e ter também uma atitude de dúvida: será isto para mim? Não seria melhor me dedicar a outra coisa?

Quando nos rendemos diante de um problema… estamos descendo do barco.
Quando dizemos: esta flor já não florescerá mais… estamos lavando as redes.
Quando afundamos no pessimismo… estamos descendo do barco.
Quando não queremos lutar para salvar nosso matrimônio… estamos lavando as redes.

Quando declaramos que nosso filho já não tem mais solução… estamos descendo do barco.
Quando voltamos nossa vista para trás e desejamos os alhos e cebolas da escravidão do Egito… estamos lavando as redes.

Enquanto Simão lavava as redes à beira do mar, abriu-se uma janela para conseguir a pesca mais assombrosa de toda sua vida. O que fez esta mudança radical, se eram o mesmo barco, as mesmas redes e o mesmo mar?
Simão abriu três portas: primeiro, soube identificar os erros que o conduziram ao fracasso; depois, teve a capacidade de aproveitá-los; e, finalmente, mudou de estratégia para conseguir diferentes resultados.

Trecho do livro: Éffeta – Abre-te, Prado Flores e Ângela Chineze