Deus nosso do dia-a-dia.

Quando te perco, esvaem-se minhas esperanças; se acaso choro é porque eu mesmo me bato em retirada da vossa presença. Às vezes brigo contigo e te agrido com palavras, viro-te as costas e como criança começo a murmurar.

Fico cobrando as promessas, e quero que elas se realizem imediatamente, porém quando isso se faz duvido de ti.

Se estou na tempestade grito o mais alto pelo o teu socorro, mas quando tudo
se acalma me esqueço de ti. Todas as vezes que clamo por ti, sei que me
ouves, mas finjo que não lhe vejo. Eu brinco, faço tudo o que quero, louvo-te, desagrado-te, sou inconstante e quase sempre sou infiel.

Sei que sempre cumpres tudo no seu devido tempo, quando isso acontece faço propaganda de seus prodígios, depois de alguns tempos te deixo de lado novamente. Passo-O para segundo, terceiro plano…

Sempre te busco, mas sempre te mando embora com meus gestos, atitudes, palavreados, meu modo de vida que não condiz com o ideal que tens projetado para mim.

Passam-se 10, 20, 30 anos e eu aí vou perceber-Te lá atrás depois de tantos anos…
O incrível é que mesmo errando, percebo que o Senhor ainda está comigo.

O que eu não entendia, agora começo a entender e junto todos os meus erros, minhas experiências e faço uma montanha de fatos. E posso averigüar que com seu amor insistente, na sua presença no dia-a-dia conseguiu conquistar, depois de muitas tentativas, essa alma que agora é sua.

É… Deves ter sofrido.

É muito bom ver que nunca desistiu, que só por amor lutou por mim.

Como um Deus amoroso, doce, silencioso teve a paciência de Pai que mesmo nas minhas ofensas, nas minhas revoltas, não me abandonou.

Hoje te reconheço e como filha venho lhe pedir o seu perdão, Pai.